André Puccinelli confessa “baita dor de cotovelo” por Tereza Cristina 6l2r63

A senadora Tereza Cristina (PP-MS) causou “uma baita dor de cotovelo” no ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli (MDB). Confissão foi feita pelo emedebista durante entrevista ao podcast Política de Primeira.

Tereza Cristina é considerada “cria” de Puccinelli, pois começou na política em 2007 como secretária da antiga Seprotur (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo) e ficou no cargo durante os dois mandatos de André como governador. Em 2014, foi eleita deputada federal pelo PSB, na mesma coligação do MDB.

O distanciamento político entre os dois se consolidou em 2018. Tereza Cristina foi reeleita deputada federal pelo antigo DEM, na coligação do então governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Em 2019, foi nomeada ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Jair Bolsonaro. Em 2022, foi eleita senadora pelo PP, na chapa do atual governador Eduardo Riedel (PSDB).

“Dizem que ela é cria política do André. Tem que perguntar pra ela se ela se julga cria política do André. Começou como secretária e foi uma excelente secretária. Ela fez, pela quantidade de trabalho, quantitativamente a Tereza é inigualável e qualitativamente é muito boa. Então foi um dos nomes que eu tive visão de enxergar nela que ela poderia ser uma boa secretária e foi. Começou comigo, então é minha cria. Mentir que não ficou com dor de cotovelo no começo é conversa fiada. Nós somos humanos e eu fiquei com uma baita dor de cotovelo. Mas paciência, paciência”, afirma Puccinelli, que garante não ter mágoa.

“Mas eu reclamo dela: ‘oh, você me abandonou’.”

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Quando Puccinelli foi preso em 2018, na véspera da convenção do MDB, a substituta natural para candidatura do partido ao governo do estado era a então senadora Simone Tebet, hoje ministra do Planejamento e Orçamento do governo Lula. Porém, a emedebista desistiu e a sigla saiu com Junior Mochi como candidato.

Ao podcast Política de Primeira, André responde sobre Simone Tebet.

“Eu estava preso naquela época e ela me visitava. Inclusive tentaram proibir ela de me visitar porque não queriam políticos me visitando, aí os políticos deixaram de me visitar, mas ela era advogada e advogada tem prerrogativa. Um juiz deu a carteirada nela e ela deu uma carteirada: ‘eu sou advogada e eu vou entrar, o senhor não conhece a lei?’. E ela entrou. Eu disse: oh, você tem uma semana. Eu sou o seu pai político. O Ramez Tebet, com o qual eu fui vinculado politicamente, falou no leito da morte: ‘siga politicamente o André, o pai genético sou eu e o pai político daqui pra frente vai ser você.’ E ela sempre foi minha companheira. Aí ela foi lá e disse: ‘e daí, o que vamos fazer?’ Eu não fui liberado a tempo e as pesquisas diziam que, mesmo preso por um tempo, se eu fosse liberado a tempo pra disputar, eu disputaria forte. Você tem uma semana para pensar. Pensa. Ou não seja ou seja e não desista. Depois outros fatores que ela que tem que dizer fizeram-na desistir, depois de um discurso empolgante na convenção, que fez com que a militância andrezista vestisse a camisa dela. Ela que tem que dizer os porquês que a fizeram desistir. Mas não tem mágoa.”