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Bebê Rena é minissérie de gente grande 6a428

Episódios de Bebê Rena contam a história real de um comediante que foi perseguido por uma stalker durante 3 anos 364j3m

Há muitos medos expostos na minissérie Bebê Rena, novo sucesso da Netflix.

Medo do abandono.

Medo do juízo das pessoas.

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Bebê Rena é sucesso na Netflix (Foto: Divulgação)

Medo do fracasso profissional.

Medo de assumir como realmente é.

Medo de ter sua liberdade tolhida de uma hora para outra.

O serviço de streaming, que já tinha abordado a temática do stalker (perseguidor) na série Você, volta à carga.

Agora com maestria. Bebê Rena é o maior sucesso do serviço de streaming da atualidade.

A produção conta a história real de Richard Gadd, um aspirante a comediante escocês que parte para Londres em busca de se consolidar na carreira.

Certo dia, trabalhando como atendente num pub, ele conheceu uma mulher. Ao ser gentil e oferecer-lhe, por conta da casa, um chá, ganhou uma iradora obsessiva.

É esta relação doentia entre os dois que é retratada em 7 episódios entre 28 e 45 minutos de duração cada.

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Gadd produziu, roteirizou e interpretou a si mesmo. Mas mudou seu nome e o da perseguidora.

Na minissérie, ele é Donny Don. E Martha (Jessica Gunning), a stalker.

Entre 2015 e 2018, Gadd/Don recebeu mais de 41.071 e-mails, 350 horas de mensagens de voz, 744 tuites, 46 mensagens no Facebook, 106 páginas de cartas, diversos presentes e uma enorme dor de cabeça.

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Bebê Rena

Martha é implacável e reincidente. Já tinha sido condenada pelo mesmo crime.

Sem conseguir se controlar, escolheu Donny Don como seu alvo.

É impressionante como ter uma pessoa te perseguindo o tempo todo tem a capacidade de virar sua vida de cabeça pra baixo.

E isso se torna ainda mais complicado quando você parece precisar disso.

Pois é. Donny Don precisa de atenção. Mesmo que ela seja completamente fora dos padrões aceitáveis.

Já foi assim quando ele conheceu um roteirista de sucesso que prometeu a ele um impulso na carreira.

Por mais que ele tenha se machucado nessa parceria – e, acreditem, ele foi destroçado pelo homem – Donny não consegue se desvencilhar de aproveitadores.

É mais ou menos o comportamento de mulheres vítimas de agressão que aceitam sofrer nas mãos de companheiros abusivos.

A carência é limitante.

O medo de enfrentar o mundo e a si mesmo, paralisante.

Como se amarrassem uma enorme bola nos pés de quem sofre com isso.

Importante que as pessoas saibam que stalkear alguém também é crime no Brasil. A lei foi sancionada em 01 de abril de 2021 e prevê até três anos de prisão para os perseguidores.

O ato proibido consiste em seguir alguém reiteradamente por qualquer meio, digital ou físico, invadindo sua liberdade ou privacidade, trazendo ameaças à integridade física ou psicológica da vítima.

Foi uma grande conquista das mulheres, tanto que acabou aprovada no Senado, por unanimidade, em 9 de março daquele ano, apenas um dia após o Dia Internacional da Mulher.

Nesse sentido, Bebê Rena é ainda mais impactante ao colocar a mulher como perseguidora.

Num dos episódios, em que Donny tenta convencer um policial sobre sua situação, ele questiona à autoridade se a atenção seria diferente caso Martha fosse a denunciante e ele o perseguidor.

Homem, mulher.

Não importa.

Ninguém pode perseguir outra pessoa. Seja por amor, obsessão, ódio, qualquer outro motivo.

Meu Deus, como é angustiante assistir à escalada de situações que essa obsessão alcança minuto a minuto, hora após hora, dia após dia.

É para deixar qualquer um maluco.

Ao trazer à tona sua própria história, Gadd aumenta os holofotes sobre o tema e obriga a falar sobre sobre os impactos desse comportamento.

Perseguidores precisam se reconhecer e entender o quanto são nocivos em criar situações inexistentes em suas mentes perturbadas.

Vítimas precisam reconhecer que intromissões inadequadas em suas vidas não são permitidas. Muito menos proveitosas. Há muita gente que, por vergonha, por medo de magoar o outro, acaba aceitando ser assediado, perseguido, maltratado.

Aproveitadores egoístas precisam se reconhecer na pele do roteirista para que nunca mais escrevam finais infelizes a pessoas que cruzem seus caminhos.

Parentes e amigos, de todos os envolvidos em situações semelhantes às vividas por Don e Martha, têm de intervir enquanto há tempo.

Não há medo que justifique a aceitação desse comportamento.

E não há como combatê-lo sem ajuda.

Gadd deixa isso muito claro no final da minissérie.

Por tudo o que nos traz, Bebê Rena é dessas obras que, mais que entretenimento, trazem aprendizado à audiência.

Uma lição duríssima.

Que é melhor aprender na teoria que na prática.

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Toda Sexta é 13, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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