Motoristas de ônibus de CG encerram greve, mas problema continua 64y18

A partir do primeiro minuto desta quarta-feira (22), o transporte coletivo de Campo Grande volta a funcionar normalmente. Apesar de decidirem pelo fim da paralisação, os motoristas de ônibus não chegaram nem perto de conseguirem o que pretendiam, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo, Demetrius Ferreira de Freitas.

“Os ônibus vão sair normal das garagens e as empresas disseram que vão cumprir com o pagamento. Não é o que queríamos, mas temos a liminar. Com a intermediação do Ministério Público e Tribunal [de Justiça], foi sugerido a proposta, mas não conseguimos que o pagamento fosse feito amanhã. O valor será feito no dia 28. Não vamos participar de mais nada. Quem tem que participar das reuniões são a prefeitura, consórcio e outros órgãos”, afirmou Demetrius.

Os ônibus do transporte coletivo não saíram das garagens das empresas nesta terça-feira (21) e os funcionários não haviam feito comunicado prévio. O motivo da paralisação seria a falta de pagamento pelo de 40% do salário dos motoristas, que deveria ter sido depositado no dia 20 de junho, pelo Consórcio Guaicurus. A falta no trabalho dos motoristas de hoje será lançada como abono.

No fim do dia, o desembargador Federal do Trabalho, Andre Luis Moraes de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, emitiu a liminar determinando o retorno imediato de 80% dos ônibus, sob pena de multa diária ao sindicato no valor de R$ 200 mil.

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Ao mesmo tempo, uma audiência de conciliação era realizada com os representantes dos motoristas. Na avaliação do advogado do sindicato, Felipe Barbosa da Silva, a negociação foi positiva, mas deveria ter sido feita antes da paralisação.

“Através do diálogo conseguimos um acordo momentâneo. Atrasamos o pagamento do adiantamento para semana que vem, no dia 28 de junho. Porém, em tese, ele não resolve os problemas das empresas. A situação em definitivo demanda uma intervenção dos órgãos públicos, do Tribunal de Contas e da prefeitura”, explicou o advogado.