Greve dos motoristas: Campo Grande amanhece sem ônibus 4x5648
Quarta-feira começou com greve dos motoristas do transporte público, na capital; ônibus não deixaram garagens e terminais amanheceram trancados 3l481y
Ônibus nas garagens, terminais vazios e trancados. Esta é a realidade do transporte público de Campo Grande, nesta quarta-feira (18). Um dia após anunciarem greve, motoristas do setor cumpriram o aviso e não saíram para rodar, na madrugada.

Por enquanto, os 1,5 mil trabalhadores da categoria parecem ter aderido 100% ao movimento. O cenário às 4 e 20 da manhã, e cinquenta minutos depois, às 5h10, em frente a uma das garagens da capital, na Vila Bandeirantes, era o mesmo: todos os ônibus parados.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, Demetrio Ferreira de Freitas, a situação é a mesma nas outras três garagens de onde saem diversos coletivos, diariamente.

No Terminal Bandeirantes, nem as grades de proteção haviam sido retiradas, por volta das 5h. São cerca de 300 ônibus parados.
Segundo Demetrio, o motivo da paralisação é a falta de acordo com o Consórcio Guaicurus, em relação ao reajuste salarial dos trabalhadores da categoria. Eles pedem reajuste de 16% + manutenção dos benefícios (plano de saúde, ticket alimentação e participação nos lucros).
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O presidente informou ainda, que se não houver acordo nesta quarta-feira, haverá uma assembleia na sexta (20), que pode decidir por uma paralisação ainda maior. Quinta e sexta, o serviço deve funcionar normalmente.

Sem acordo 392x6z
Diante do anúncio de paralisação, na quinta-feira (17), o Consórcio Guaicurus ainda tentou impedir a manifestação na Justiça, através de uma “ação de interdito proibitório”.
No pedido, ingressado no Tribunal Regional do Trabalho, o Consórcio alegou que a paralisação resultaria “não somente na privação da sociedade campo-grandense do essencial serviço de transporte público, mas também no injusti‐ ficável e inaceitável fechamento das garagens das empresas que operam o serviço, impedindo que os ônibus alocados em cada uma delas sejam utilizados pelos empregados não aderentes ao mo‐ vimento”.
O pedido de proibição da paralisação, no entanto, foi negado pela Justiça do trabalho.
A prefeitura de Campo Grande também se manifestou sobre a paralisação. Clique aqui e confira.