'Menos de 1% das paradas cardíacas por trauma sobrevivem', diz tenente sobre motociclista resgatado embaixo de caminhão em CG n602k
Ricardo sofreu paradas cardíacas no local do acidente e no hospital. w132b
Nem parece que o pedreiro Ricardo Douglas Evaristo, 43 anos, sofreu um acidente de trânsito há quase um mês em que parou embaixo do caminhão. Ele ainda sofreu duas paradas cardíacas, uma no local do acidente que durou 2 minutos e outra já no hospital. O tenente do Corpo de Bombeiros Rodolfo Vagner Xaubét, que é médico, disse que esse caso foi um “milagre”.

“Menos de 1% das paradas cardíacas por trauma sobrevivem. Sem sequelas neurológica é mais raro ainda”, afirmou o tenente que também faz plantão no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da Santa Casa, hospital onde Ricardo se recuperou.
Perguntei pro senhor Ricardo Evaristo se ele se lembrava de mim. Ele marejou os olhos e falou: “lembro sim, o senhor foi o anjo da minha vida. Aí eu também lacrimejei, não teve jeito!
Tenente do Corpo de Bombeiros e médico, Rodolfo Vagner Xaubét
Foi num plantão que tenente ou dr. Xaubét pode ver o despertar do paciente resgatado, poucos dias após o acidente. Ao questionar sobre sua identidade teve a grata satisfação de ver um resultado positivo graças a um socorro bem prestado.
“Fiquei tão feliz de ver ele extubado e conversando com a técnica de enfermagem!”, se lembrou o bombeiro.
Segundo o tenente Xaubét, a recuperação do pedreiro sem sequelas neurológicas se deve ao atendimento rápido. “Tudo conspirou para que o melhor acontecesse, principalmente a rapidez no atendimento. Se demorasse mais um minuto, ele já estaria em parada cardiorrespiratória na nossa chegada, o que provavelmente pioraria as chances neurológicas dele”, explicou.
LEIA MAIS: 6411i
O pedreiro recebeu alta no início dessa semana e foi para casa, acompanhado da esposa, a diarista Mayara Cristina Cueva, 31 anos, que também estava na motocicleta no momento do acidente, em 24 de março. Ela havia sofrido ferimentos leves e foi levada para uma unidade de saúde.