Céu rosado brindou fim de tarde em MS; motivo não é nada poético 4t3h35

A beleza do entardecer com céu rosado que tomou Mato Grosso do Sul (ou do Céu aos mais íntimos) nesta quarta-feira (4) perde a poesia quando explicada tecnicamente. Apesar de lindo e viral – vide a quantidade de céus postados nas redes sociais de ontem para hoje – o motivo da coloração, que engloba tons de rosa e vermelho, nada mais é do que: poluição.

De acordo com meteorologistas da Climatempo, numa explicação menos crua, feito o entardecer que fechou o dia, o fenômeno ocorreu porque há “interação das partículas em suspensão na atmosfera com os raios solares”.

Essas partículas, contudo, nada mais são do que a poluição acumulada por dias seguidos sem chuva. Ainda segundo a Climatempo, “a poluição existe em todo lugar e não é apenas a fumaça dos carros e indústrias. A poeira que fica suspensa nos campos também é poluição”.

O espalhamento Rayleigh 2f3d2n

O azul do céu é resultante do fenômeno de espalhamento da luz do sol pelas moléculas de oxigênio. Por ser uma molécula constituída de dois átomos, forma-se um dipolo, que vibra ao interagir com a luz e que a faz espalhar para todas as direções. Esta forma de interação da luz com a atmosfera é chamada de espalhamento Rayleigh.

Mas o feixe de luz que vem do sol que está no horizonte precisa atravessar uma espessura muito maior, e neste percurso, o espalhamento Rayleigh acaba removendo a luz com comprimento de onda mais curto, como o azul, restando as mais longas, de tom laranja e vermelho.

Quando o feixe de luz a pela camada de ar próximo à superfície, encontra partículas em suspensão muito maiores que uma molécula de oxigênio. Estas partículas “grandes” am a espalhar os tons de laranja e vermelho que preenchem o céu no horizonte quando o sol está se pondo, ando ao espalhamento Mie.