Vítima de primeiro feminicídio de 2022 pediu medida protetiva antes do crime 2t818

Vítima do primeiro feminicídio registrado pela Polícia Civil neste ano, Liliane Barbosa da Silva, de 27 anos, havia pedido medida protetiva contra o ex-namorado. O suspeito de 23 anos chegou a ser preso 15 dias antes do crime por desrespeitar a determinação judicial. A vítima foi encontrada morta dentro da quitinete onde morava em Colíder, a 635 km de Cuiabá, na madrugada de quarta-feira (5).

Durante investigação, testemunhas indicaram que Liliane era vítima de violência doméstica. O ex-namorado também não aceitava o fim do relacionamento e insistia em retomar o namoro. Liliane nasceu no Pará, mas morava em Colíder, onde trabalhava em um frigorífico.

Ela já havia manifestado interesse em se mudar da cidade por conta dos episódios de violência do ex-namorado. Liliane foi morta a facadas. Depois de cometer o crime, o ex-marido foi encontrado deitado em uma rede, nos fundos de uma propriedade rural.

Quando foi abordado, o suspeito afirmou que estava esperando o dia clarear para confessar o crime. Segundo a Polícia Civil, ele invadiu a casa de Liliane, onde ela morava com dois filhos, no final da noite de terça (4).

O ex-marido pulou o muro, arrombou a porta da casa e mandou que a mulher ficasse em silêncio. Antes de ser assassinada, Liliane pediu para que o ex-namorado não machucasse a filha dela. Depois de cometer o feminicídio, o homem fugiu do local.

Foi o filho de sete anos de Liliane que saiu gritando do local para pedir ajuda aos vizinhos. O suspeito tentou resistir à prisão, mas foi levado para a Delegacia de Colíder, onde permaneceu em silêncio. O delegado Antenor Junior Pimentel, responsável pela investigação, pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva.

Vítima queria fim do relacionamento 5o1nx

As investigações da Polícia Civil apontaram que o ex-namorado de Liliane não aceitava o fim do relacionamento. Em setembro do ano ado, ele foi preso em flagrante após invadir a casa da vítima.

O ex-marido foi indiciado em inquérito instaurado na Delegacia de Colíder pelos crimes de perseguição, violação de domicílio, lesão corporal e ameaça, todos no âmbito da violência doméstica. No dia 20 dezembro ado, foi novamente preso após descumprimento da medida protetiva concedida pela Justiça à vítima.