Violência no campo atinge mais de 113 mil famílias brasileiras em 2022 552t23

A Amazônia Legal reúne mais da metade do total de conflitos no campo registrados em território nacional neste ano. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pela T (Comissão Pastoral da Terra) e mostram que, até agora, houve 33 assassinatos, sendo 25 somente no primeiro semestre. Cinco mulheres foram assassinadas e esse é o maior número registrado desde 2016.

Dados compilados pela instituição Católica dos primeiros seis meses de 2022, apontam 759 ocorrências de conflitos no campo no Brasil, envolvendo um total de 113.654 famílias.

Esses números correspondem a 601 ocorrências de conflitos por terra, 105 ocorrências de conflitos pela água, 42 ocorrências de conflitos trabalhistas (41 casos de trabalho escravo e 1 caso de superexploração), 10 ocorrências de conflitos em tempos de seca e 1 ocorrência de conflitos em área de garimpo.

O documento diz que o foco é sugerir atenção em histórias de violência e assassinatos contra indígenas, ribeirinhos e trabalhadores do campo na Amazônia brasileira.

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Destaca-se, também, o crescimento do número de famílias que sofreram Ameaça de Expulsão (4.981 famílias) e Destruição de Roçados (1.964 famílias) no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período em 2021. O crescimento foi de 46,54% e 21,33%, respectivamente.

Em relação à Destruição de Roçados há um progressivo aumento do número de famílias atingidas por esse tipo de violência no comparativo do primeiro semestre dos últimos quatro anos.