VÍDEO: câmeras de segurança gravaram execução de empresário de Ponta Porã 4k2z5k
Polícia investiga se o envolvimento da vítima com o tráfico de drogas foi motivação para o crime 1j1v1a
Dois carros interceptam o empresário pontaporanense Juliano Gimenes Medina. Quatro homens descem fortemente armados, correm até o Jeep Comander OVR em que ele está e abrem fogo. As equipes de socorro chegaram a tirar o motorista ainda com vida da Estrada Vicinal Henrique Furlan, no município paulista de São Pedro, mas ele não resistiu.
A cena narrada foi registrada por câmeras de segurança instalada em propriedades da região em que o crime acontece e mostra a brutalidade da execução, que ocorreu na tarde dessa quarta-feira (8).
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Nos vídeos é possível ver com perfeição que os autores dos disparos estavam em um HB20 branco e em um Fox preto. Nas mãos, pistolas e armas de grosso calibre, inclusive um fuzil, que abriram “crateras” na lataria do Jeep de Juliano. Foram mais de 20 tiros. O empresário chegou a ser socorrido, mas morreu ao dar entrada em uma unidade de saúde da região.
Agora a polícia paulista tenta entender os motivos que levaram ao atentado. Por enquanto, a linha de investigação a pelo mundo das drogas. Uma das hipóteses é que Medina foi morto em queima de artigo.
Juliano é nascido em Ponta Porã e na cidade sul-mato-grossense foi sócio de três empreendimentos: uma locadora de veículos, uma pista de kart e um laboratório de veterinária. As duas últimas empresas ainda estão ativas. Em São Pedro foi dono de um motel, mas segundo os registrar, o estabelecimento não funciona mais.
A imagem de empresário bem-sucedido só é “abalada” por um depoimento, retirado de uma investigação da Polícia Federal contra o tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Na apuração, que começou com a apreensão de 1,7 tonelada de maconha, o suspeito do crime aponta Juliano como revendedor do entorpecente.

O esquema revelado pela investigação apontam que a maconha era adquirida a granel no Paraguai, levada para Ponta Porã e lá preparada para o transporte até outros estados. É nesse contexto que o empresário aparece como o responsável por negociar as cargas de entorpecente, mas ele não foi condenado pelo crime.
Além do envolvimento direto no tráfico, um dos sócios de Juliano na revenda de veículos, Wilson Ramos Calonga, já foi condenado pelo mesmo crime. O homem foi apontado no esquema de tráfico em 2015. A empresa istrada por ele foi aberta em 2007 e fechada anos depois por “liquidação voluntária”.
Juliano é velado em Campo Grande e deve ser enterrado em Ponta Porã, mas o horário em que isso deve acontecer ainda não foi revelado pela família.