Viagens internacionais motivaram operação contra vereadores de Maracaju 1b203y
Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão policiais apreenderam armas, R$ 100 mil em espécie, além de cheques cuja soma a de R$ 1 milhão 514q63
A vida de luxo que vereadores de Maracaju estavam levando, com direito a viagens para as Ilhas Maldivas e Dubai, motivou a investigação de policiais da Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e resultou no cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (7), nas cidades de Maracaju e Rio Brilhante. A polícia estima que os investigados desviaram R$ 23 milhões dos cofres públicos.

Durante o cumprimento desses mandados, os policiais apreenderam 13 veículos. Com um dos vereadores foram encontrados quase R$ 100 mil em espécie e mais de R$ 1 milhão em cheques.
Os policiais apreenderam ainda quatro revólveres, duas pistolas e duas espingardas com dois vereadores e outras duas pessoas. Eles foram presos, autuados por posse ilegal de arma de fogo e liberados após o pagamento de fiança.
Investigações 6u1gs
As investigações tiveram início no ano ado para apurar desvios de mais de 23 milhões de reais da Prefeitura Municipal de Maracaju, município distante a 149 quilômetros de Campo Grande, durante a gestão municipal do período de 2019 a 2020.
Os investigados montaram um esquema criminoso em que usavam pagamentos realizados a partir de uma conta clandestina aberta em nome da prefeitura, sem conhecimento ou auditoria dos órgãos de controle.
A 1ª fase da operação ocorreu no dia 22 de setembro de 2021 e resultou na prisão temporária de servidores e ex-servidores, incluindo ex-secretário municipal e ex-prefeito da cidade de Maracaju.
Na 2ª fase, ainda no de 2021, as prisões temporárias foram convertidas em preventiva e outros investigados acabaram sendo presos por envolvimento no esquema de corrupção.

Nessa nova fase das investigações, os policiais identificaram um complexo esquema de pagamento de propina a vereadores municipais durante os meses de dezembro 2019 e novembro de 2020.
As propinas eram pagas por ordem do, então, prefeito municipal, com a anuência de outros servidores e integrantes da gestão municipal, e tinham como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da Prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos, leis que eram de interesse da Prefeitura.
Ao todo, 11 dos 13 vereadores que integravam a Câmara Municipal teriam recebido propina. Este esquema era semelhante ao caso “Mensalão”. Destes investigados, 8 estão em exercício na atual legislatura.
Os valores recebidos variavam de acordo com a influência e participação de cada um na gestão. Em apenas um ano, os pagamentos identificados aos vereadores chegam às cifras de R$1.374.000,00. Os pagamentos eram feitos por meio de cheques ou de laranjas.
Os vereadores investigados estão com mandatos suspensos e podem ser impedidos de exercer suas funções. Além disso, eles terão os bens bloqueados. A operação contou com a participação de mais de 100 policiais civis.
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