Venda de sentenças: juiz afastado em MT usava empresas familiares para lavar dinheiro f5v2f

Segundo a PF, empresas e pessoas ligadas à família de Amarante foram utilizadas para mascarar o recebimento de valores ilícitos. f334s

Durante a 8ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta quinta-feira (29), a Polícia Federal aprofundou as investigações sobre um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o juiz Ivan Lúcio Amarante, titular da 2ª Vara de Vila Rica, a 1.276 km de Cuiabá.

O magistrado é investigado por venda de sentenças judiciais em troca de propina.

Juiz Ivan Vila Rica alvo de operacao
juiz Ivan Lúcio Amarante, titular da 2ª Vara de Vila Rica, afastado desde outubro de 2024. (Foto: Reprodução)

Segundo a PF, empresas e pessoas ligadas à família de Amarante foram utilizadas para mascarar o recebimento de valores ilícitos. A estrutura seria parte de um complexo esquema de lavagem de dinheiro com pagamentos milionários por decisões favoráveis a empresários e advogados.

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, incluindo no apartamento da ex-esposa do juiz, localizado em um edifício de luxo em Cuiabá.

Também foi determinado o bloqueio de até R$ 30 milhões em bens e valores, o recolhimento do aporte e a proibição de saída do país para o magistrado.

Ivan Lúcio Amarante já estava afastado desde outubro de 2024 por ordem do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que nesta semana instaurou um processo istrativo disciplinar contra ele.

O juiz se junta a outros dois desembargadores — Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho — também afastados por envolvimento em suposta venda de sentenças ligadas ao advogado Roberto Zampieri.

Origem da investigação 5f6l44

A operação Sisamnes teve origem na investigação da execução de Roberto Zampieri, morto com 11 tiros em dezembro de 2023, em frente ao seu escritório em Cuiabá. O assassinato teria sido encomendado por um grupo criminoso com atuação em espionagem e crimes por encomenda.

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Advogado Roberto Zampieri, morto em 2023. (Foto: Reprodução)

Durante a 7ª fase da operação, realizada no dia anterior (28), a PF apontou que a organização investigada tem estrutura militarizada, com uso de garotas de programa para atrair alvos e uma tabela de preços para assassinatos. O assassinato de um ministro do Judiciário, por exemplo, custaria R$ 250 mil.

Como funcionava o Comando C4: a logística do crime revelada pela PF 654u2z

🔫

O grupo atuava como uma milícia de extermínio 1v5h73

  • Especializado em assassinatos por encomenda e espionagem
  • Alvos: políticos, empresários, ministros do Judiciário e outras figuras públicas

Valores cobrados para matar: 2m366q

Figuras comuns R$ 50.000
Deputados R$ 100.000
Senadores R$ 150.000
Ministros / Judiciário R$ 250.000
🚗

Equipamentos e veículos usados nas operações 1j1a2r

  • 02 fuzis lançadores de dardos (tipo captura de animais)
  • 05 veículos Doblò (para sniper em movimento)
  • 05 carros pequenos/médios usados
  • Placas frias para camuflar os veículos
  • 02 drones para monitoramento aéreo
  • Rastreadores veiculares para seguir os alvos
  • 05 telefones satelitais para comunicação segura
🏠

Infraestrutura e logística da quadrilha 6m6vj

  • Aluguel de casas e apartamentos temporários para vigilância e execução dos crimes
  • Uso de garotas e garotos de programa como iscas para atrair vítimas
  • Materiais de disfarce: perucas, bigodes, etc.

O ministro do STF Cristiano Zanin classificou a organização como de “letalidade potencial imensurável” e justificou as prisões diante do risco de fuga e da periculosidade dos suspeitos. O grupo envolvia civis e militares, entre eles o produtor rural Aníbal Manoel Laurindo (apontado como mandante do assassinato), o coronel Luiz Caçadini (suposto financiador), e outros executores e coautores do crime.

O que dizem os envolvidos 5u1q11

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso afirmou que não foi notificado oficialmente sobre a operação e que nenhuma diligência foi realizada nas dependências do TJMT. O Primeira Página tenta contato com defesa do juiz Ivan Lúcio Amarante.

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