Vanessa Ricarte: relatório detalha atendimento que antecedeu feminicídio 4wm6s

TV Morena teve o, com exclusividade, a alguns pontos do relatório que apurou eventuais falhas no atendimento a jornalista 5040d

O relatório da Corregedoria-Geral da Polícia Civil sobre o atendimento de Vanessa Ricarte na DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) detalha a cronologia dos eventos que antecederam o feminicídio da jornalista, assassinada pelo músico Caio do Nascimento. Com a apuração finalizada, a Corregedoria solicitou o arquivamento do processo de investigação.

vanessa ricarte
Vanessa Ricarte. (Foto: Facebook)

A TV Morena teve o com exclusividade à pontos levantados durante a apuração da Corregedoria. Leia abaixo o que foi apurado:

Atendimento à Vanessa Ricarte 2vz25

  • A investigação interna concluiu que as delegadas que atenderam Vanessa cumpriram todos os protocolos de atendimento da Deam e do Ministério das Mulheres.

  • A corregedoria da Polícia Civil ainda identificou possível falha de comunicação entre o setor psicossocial da Casa da Mulher Brasileira e a Deam; as unidades ficam no mesmo complexo.

Segundo a apuração, Vanessa teria relatado à psicóloga que estaria sendo mantida em cárcere privado, mas essa informação não foi reada no levantamento de riscos entregue pelo setor psicossocial à delegacia.

  • O relatório da corregedoria indica que o tempo de atendimento à Vanessa pela Polícia Civil foi de 17 minutos. A jornalista procurou a Delegacia da Mulher à 00h44 do dia 12 de fevereiro, ela foi atendida dez minutos depois. Vanessa teria sido convencida pelo escrivão de polícia a pedir uma medida protetiva contra o ex-noivo.

  • Conforme a Corregedoria, entre o pedido da medida protetiva por Vanessa e a chegada do documento para cumprimento pela GCM (Guarda Civil Metropolitana), demoraram 10 horas.

Às 7h8, a polícia afirma que a delegada pediu a medida protetiva. A Justiça concedeu a medida às 14h20. Três horas depois, a medida chegou às mãos de um oficial de justiça. As 15h22 Vanessa retornou a Deam e foi informada que a medida tinha sido aceita.

Uma hora e dois minutos depois, a 3ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, que fica dentro da Casa da Mulher Brasileira, enviou um ofício para a patrulha Maria da Penha que poderia ter acompanhado Vanessa até em casa, mas a jornalista já tinha saído do local.

Após a conclusão do relatório, a Corregedoria solicitou o arquivamento do processo de investigação. O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupérsio Degerone, afirma que, além da falha de comunicação, não foram verificados outros erros por parte dos servidores da corporação.

“O resultado apontou que, objetivamente, todos os protocolos e fluxogramas no atendimento no caso de violência doméstica foram observados em sua totalidade”.

Lupérsio Degerone.

Leia mais n1u6n

  1. Juiz rejeita outros crimes e torna músico réu por feminicídio de Vanessa Ricarte 63431y

  2. Caso Vanessa Ricarte: polícia faz reprodução simulada de feminicídio y434f

  3. Família de Vanessa Ricarte não aceita que músico responda apenas por feminicídio 6m51x

Sequência 28su

O atendimento transcorrido dentro da normalidade, entretanto, não evitou o pior. Após deixar a delegacia e retornar para casa, no dia 12 de fevereiro, Vanessa foi assassinada com 3 facadas pelo ex-companheiro, o músico Caio Nascimento.

A jornalista chegou a ser levada para a Santa Casa de Campo Grande, onde morreu horas depois.

Após a morte, veio à tona áudio em que a vítima se queixa do atendimento na delegacia especializada. O relato de Vanessa gerou repercussão nacional e acendeu o alerta sobre a necessidade e aprimoramento na rede de proteção à mulher em Mato Grosso do Sul.

Justiça aceita feminicídio, mas descarta outros crimes 6r1f5k

caio nascimento 3

Nesta quarta-feira (19), a Justiça aceitou a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e Caio César vai à juri popular pelo feminicídio da jornalista.

O MPMS ainda denunciou o músico por outros três crimes: cárcere privado, violência psicológica e tentativa de homicídio contra o amigo de Vanessa, que presenciou o ataque.

O juiz Carlos Alberto de Almeida Garcete, no entanto, não acatou, argumentando que faltou embasamento na denúncia em relação aos outros pedidos.

Denuncie d3j2i

⚠️ Violência doméstica, seja psicológica, física ou verbal, é crime! Saiba como denunciar:

  • ?Emergências: se a agressão estiver acontecendo, ligue no número 190 imediatamente;
  • ?Denúncias: ligue para o número 180. O serviço de atendimento é sigiloso e oferece orientações para denúncias sobre violência contra mulheres. O telefonema pode ser feito em qualquer horário, todos os dias. Também é disponível um WhatsApp – (61) 9610-0180;
  • ?Perigo: procure a delegacia mais próxima e acione a polícia, por meio do 190.

Em Mato Grosso do Sul, as denúncias de violência de gênero podem ser feitas de maneira on-line. Clique aqui e faça a denúncia.

Violência contra mulher é crime e não pode ser ignorada. Basta, denuncie!

Selo Basta
Basta, campanha contra violência doméstica e feminicídio do Primeira Página. (Foto: Ilustrativa)

FALE COM O PP 6s423v

Para falar com a redação do Primeira Página em Mato Grosso do Sul, mande uma mensagem pelo WhatsApp. Curta o nosso Facebook e nos siga no Instagram.

Leia também em Segurança! 3v1j16

  1. image 10

    Adolescente de MT alvo de operação transmitiu morte de gato ao vivo para 400 pessoas 622i6f

    As investigações da Polícia Civil revelaram que o adolescente de 15 anos,...

  2. esposa e bebê

    Frio, feminicida planejava esganar e queimar esposa e bebê há 2 meses m3m1n

    João Augusto Borges de Almeida, de 21 anos, revelou os detalhes...

  3. Empresário que destruiu deck de restaurante em Cuiabá diz que atropelou tia por acidente 69u51

    O empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, de 33 anos, se apresentou...

  4. Corpo de mulher morta por PM em Cuiabá é levado de avião ao Pará 4n1p3v

    O corpo de Gabrieli Daniel de Souza, de 27 anos, morta a...

  5. Incêndio atinge casa de artista de rua em Cuiabá; vídeo 4e593j

    Um incêndio atingiu a casa do artista de rua José Messias de...

  6. Adolescente de 15 anos apontado como líder do grupo investigado, alvo da operação em Rondonópolis. (Foto: Matheus Maurício)

    Alvo de operação em MT se isolava na vida real e tinha rotina intensa nas redes 6w4a53