Usurpare: operação da PF mira fraude na venda de imóveis da União 1c1z2u

A Polícia Federal cumpre mandados nesta quarta-feira (30) na Operação Usurpare, contra um esquema de fraudes na compra de imóveis rurais da União destinados à reforma agrária e de fraudes na aquisição de imóveis urbanos em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, que seriam para regularização fundiária urbana.

Operação Usurpare
Operação Usurpare, da PF, cumpre mandados em três cidades de MT. (Foto: Reprodução)

Um dos locais onde a PF cumpriu mandado de busca foi na sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Cuiabá. Dois servidores do órgão são suspeitos de terem colaborado com o esquema. Além disso, um político também estaria envolvido nas fraudes.

No total, são oito ordens de busca e apreensão, seis medidas judiciais de sequestro de bens e duas de afastamento de cargos públicos que devem ser cumpridos na Capital, em Confresa e Cáceres. A operação é realizada em parceria com a CGU (Controladoria Geral da União).

Conforme as investigações, um político da região de Confresa teria comprado do Incra, em 2018, um imóvel destinado à reforma agrária no valor de R$ 24,5 mil, parcelado em 17 vezes sem juros. Dois meses depois, ele vendeu o mesmo imóvel a uma imobiliária por R$ 8,4 milhões, um lucro de aproximadamente 35.000%.

A suspeita da PF é que mais de 200 lotes doados pela União ao município de Confresa para fins de regularização fundiária urbana, a maioria destinada a pessoas de baixa renda, tenham sido alienados pelo preço de 5% do valor venal pelo mesmo político da região, diretamente a uma empresa que pertence à companheira dele e familiares.

A estimativa é que o prejuízo provocado pelas fraudes seja maior que R$ 15 milhões. As investigações começaram em 2021, a partir da análise do que foi apreendido na Operação Tapiraguaia, também da PF, em agosto de 2020, contra fraudes na Prefeitura de Confresa.

O inquérito da Operação Usurpare deve ser concluído em até 30 dias.

Por nota, a Superintendência Regional do Incra de Mato Grosso disse que “segue colaborando com os órgãos de controle e a Justiça” e que “todas as medidas cabíveis para identificar a participação de servidores do órgão nos fatos denunciados serão tomadas através da devida apuração (sindicância e processo istrativo disciplinar), a fim de corrigir as irregularidades que se apresentarem”.

*Matéria atualizada às 13h37 para inclusão de nota 2c9c

A palavra em latim Usurpare remete à ideia de se apossar de algo sem ter direito.

Penas 356q4n

Se condenados, os investigados poderão ser sentenciados à pena de prisão de até 32 anos, consideradas as penas máximas dos crimes de corrupção iva, corrupção ativa, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

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