Tudo errado: vídeos mostram bagunça no Autódromo de Campo Grande 187218
Local não tinha autorização para receber eventos; alvará de funcionamento do espaço foi cassado 4x5e4e
Vídeos que estão circulando nas redes sociais mostram cenas que deixam claro o perigo corrido pelos participantes do evento de manobras de motocicletas na madrugada de domingo (2), no Autódromo de Campo Grande, que resultou na morte de Nicholas Yann Santos de Jesus, de 20 anos.
Nas redes sociais, a desordem foi compartilhada e sem medo pelos frequentadores. Vários motociclistas arriscavam suas vidas combinando álcool, direção perigosa e falta de segurança, como a ausência de capacetes.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o local não tinha autorização para receber eventos. O alvará de funcionamento do espaço foi cassado. A prefeitura e a Polícia Civil já haviam alertado que o autódromo não poderia realizar eventos.
Segundo a coronel Helena Barros, o autódromo havia solicitado o certificado para eventos. O documento foi emitido, mas após vistoria, o espaço foi notificado por pendências, como falta de documentação e problemas no alarme de segurança, colocando em risco os frequentadores.
Mesmo após a notificação, o autódromo realizou o evento “rolezinho” no domingo (2), que terminou em tragédia.
O Corpo de Bombeiros emitiu um auto de infração com prazo para adequação; caso contrário, o autódromo poderá ser interditado.

Relembre o caso c6n5a
Lucas Eduardo de Oliveira Dihl, de 20 anos, que já foi flagrado anteriormente por manobras perigosas, em Corguinho, participou do evento. Na madrugada do domingo, ele perdeu o controle da moto que pilotava, atingindo Nicholas Yann, de 20 anos, que acabou morrendo.
Lucas e a jovem na garupa tiveram ferimentos leves. Ela foi atendida em um posto de saúde, e ele na Santa Casa. Ao recebendo alta, foi preso por equipe da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Em seu interrogatório, Lucas itiu empinar a moto com uma mulher na garupa e consumir um copo de bebida alcoólica antes do evento.
Ele afirmou usar capacete, mas não viu a outra moto devido à manobra. O teste do bafômetro não detectou álcool. Ele havia bebido horas antes.
Lucas foi indiciado por homicídio doloso, diante do entendimento da polícia de que ao participar do evento, sem as condições mínimas de segurança, assumiu o risco de provocar uma tragédia, como de fato ocorreu.
O organizador do evento, Rodolfo Manolo Batistoti Morro, de 40 anos, ainda não foi localizado. No seu perfil do Instagram, com mais de cem mil seguradores, ele fez postagens reclamando da cobertura da imprensa e lamentando a morte ocorrida no evento do fim de semana.
Desde o acontecimento, a reportagem tenta contato com ele, sem êxito. A DHPP ainda não decidiu qual será o enquadramento penal para o organizador do evento.
A istração do Autódromo, que é particular, havia informado, no domingo, que estava regular com as autorizações. Hoje não foi possível ainda o contato.
