Feminicídio: em 25 dias, três mulheres foram vítimas em MS 5y6n43

Casos aconteceram em Anastácio, Bandeirantes e Tacuru; em todos os suspeitos pelos crimes foram presos 6t6f4u

Em menos de um mês, três mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Mariana, Rose e Paulina foram mortas a golpes de machado, facadas, e socos, respectivamente. Estes casos confirmam uma característica desse tipo de crime: a crueldade com que os agressores tratam as mulheres.

A subsecretária estadual de políticas públicas para as mulheres, Luciana Azambuja explica que normalmente os autores envolvidos nestes casos “desfiguram o feminino” com grande grande quantidade de golpes ou tiros na região do rosto, na região genital e até cortes de cabelo. “Esses crimes têm como característica a crueldade e o uso de tortura”, lamenta.

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Subsecretária estadual de políticas públicas para as mulheres, Luciana Azambuja (Foto: Divulgação)

Luciana Azambuja detalha ainda os tipos de feminicídio: íntimo é quando vítima e autor tem algum tipo de relacionamento. Não íntimo ocorre quando eles não se conhecem. O primeiro caso do tipo no país ocorreu em Castelo do Piauí (PI), quando quatro garotas foram estupradas e jogadas de um penhasco.

“São crimes causados pelo menosprezo ou discriminação do gênero feminino”, pontua a subsecretária.

Vítimas do feminicídio 1b1v4v

O corpo de Mariana de Lima Costa, de 29 anos, foi achado em 17 de janeiro, em Anastácio, depois que o marido dela veio a Campo Grande confessar que cometeu o feminicídio. Ela foi morta com golpes de machado. O homem foi preso em flagrante.

Outro feminicídio foi o de Paulina Rodrigues, de 103 anos, agredida pelo genro de 91 anos, no último dia 16, em uma aldeia indígena de Tacuru (MS). Ela acabou morrendo em decorrência dessas agressões. O suspeito, Celestino Souza, também foi preso.

Rose Paredes, de 39 anos, foi morta no dia 19 de janeiro com vários golpes de faca na cabeça após ter sofrido violência sexual, em Bandeirantes (MS). Ela teve o corpo jogado em uma fossa. O principal suspeito pelo crime, Eduardo Gomes Rodrigues, que era amigo da vítima e do marido dela, foi preso dias depois do crime.

Info violencia domestica e feminicidio Maressa Mendonca

Além das prisões 163x4v

Prender os autores de feminicídio é apenas uma parte do trabalho da polícia, especialmente quando o assunto é violência contra à mulher. A delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Elaine Benicasa disse ao Primeira Página que orientar sobre mecanismos de defesa também é essencial para evitar os resultados mais trágicos como a morte.

“A informação é importante para que as mulheres fiquem atentas aos primeiros sinais de violência e se identifiquem dentro de um relacionamento abusivo”.

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Delegada Elaine Benicasa, titular da DEAM (Foto: Arquivo Pessoal)

Estes sinais podem ser tentativa de controle da roupa, das amizades, das finanças, por exemplo.
Se por um lado os boletins de ocorrência demonstram que as mulheres ainda sofrem violência de gênero, por outro, indicam também uma coragem maior em denunciar.

“As mulheres estão mais atentas aos primeiros sinais de violência”, resumiu a delegada sobre os registros de boletins de ocorrência. “Obviamente algumas se encontram dentro de um ciclo e não se veem como vítimas”, completou.

Este ano nenhum feminicídio foi registrado em Campo Grande e as duas mortes de mulheres que ocorreram no ano ado representam uma redução em relação aos anos anteriores.

Mas, para a delegada, é essencial que os agressores sejam reeducados e tenham uma nova mentalidade.

É a nova realidade que estamos inseridos: de uma mulher mais fortalecida. Ela fala. Fala dentro da família, no seu núcleo de amizade, no seu trabalho. É uma mulher que ganha cada vez mais espaço. Então o homem tem que estar preparado para lidar com essa mulher”, declarou Benicasa.

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