“Tiraram um pedaço de mim”, diz mãe de rapaz morto com 16 tiros 2d472o
Renan de Camargo Cândido, de 23 anos, foi morto por dois homens em uma motocicleta; os pais ainda tentaram socorrer o rapaz, mas ele não resistiu aos ferimentos n5p4i
“To com o coração destruído. Tiraram um pedaço de mim”. A frase da comerciante Renata Adorvina de Camargo, de 44 anos, descreve o sentimento de toda a família de Renan de Camargo Cândido, de 23 anos, morto com pelo menos 16 tiros na noite desse sábado (4), no Jardim das Macaúbas, em Campo Grande.

Com as roupas que o filho usava quando foi morto nas mãos, Renata tenta explicar as últimas horas de vida de Renan.
Fazia duas semanas que o rapaz de 23 anos havia voltado a morar com os pais, ele e a esposa grávida. Nesse sábado, ele ou a tarde perto de casa. Sentado com os amigos a poucos metros da residência da família. A mãe também trabalha ali na rua, vendendo salgados. “ei a tarde cuidando ele”.
No fim do dia, toda a família voltou para a casa e por volta das 20h50, o pai e a mãe de Renan saíram para comprar carne. “O pai trabalhou o dia todo com o irmão mais velho dele. Quando chegou, chamei para ir no mercado. Entrei aqui e avisei; a mãe vai lá comprar carne. A gente subiu e quando desceu, já escutou os tiros”.

Renan foi cercado por dois homens em uma motocicleta. Apenas um deles desceu, se aproximou e atirou. O rapaz tentou correr para casa, mas foi ferido na perna, caiu em uma cerca e ali, foi atingido por vários disparos. Ele ainda estava com vida quando os pais chegaram. Ele tentaram ajuda, mas o rapaz morreu nos braços do pai.
“Para mim isso ai é covardia. Quem fez isso com meu filho não é homem é um sem vergonha. Meu filho era bonito, sabe? Isso é inveja, é muita inveja”.
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Para a mãe, os autores já estavam cuidando a vítima, já que esperaram os pais saírem de perto. “Covarde, atirou no meu filho pelas costas. É um bicho que fez isso com meu filho, um bicho”. A família não sabia que qualquer ameaça a vida de Renan e sequer consegue imaginar quem desejaria ele morto, mas agora, pede por justiça.
“Justiça, justiça. Em primeiro lugar a justiça de Deus. Mas justiça. Quero que a polícia cutuque. Eu vou lá ficar na porta da Cepol e vou procurar saber quem fez isso”.
Renata conta que o filho já tinha sido pego pela polícia com droga, mas saiu em pouco tempo e nunca se envolveu com crime “graves”. Renan era o filho do meio de Renata, que tem outros três – dois meninos e uma menina. “Meu filho era muito bom de coração. Meu filho nunca teria matado alguém como fizeram com ele. Toda a vida ele foi meu companheiro”.