Temendo violência, 40% dos brasileiros não se sentem seguros nas ruas 673n5o

A sensação de insegurança por parte dos brasileiros nas ruas foi analisada por uma pesquisa feita pela Pnad em 2021. 6o5zo

Ir e vir: um direito de todos e uma ação que não deveria ser acompanhada de preocupação. Porém, um estudo da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio) realizado em 2021, mostrou que, na prática, essa tranquilidade nem sempre acontece, pois 40% dos brasileiros entrevistados disseram se sentir inseguros e acreditavam que poderiam ser roubados nas ruas, outros 18,1% disseram ter medo de serem vítimas de agressão física e 13,2% de agressão sexual.

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Segundo a pesquisa, 40% da população brasileira se sente insegura e teme ser vítima de violência nas ruas. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil).

A pesquisa 1g3ou

O tema sensação de insegurança da população brasileira com mais de 15 anos foi analisado pela primeira vez pela Pnad Contínua, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última quarta-feira (7).

Para que fosse possível analisar a questão da insegurança na pesquisa, alguns questionamentos foram feitos aos entrevistados, como a existência ou não de serviços públicos e a qualidade destes, a ocorrência de crimes nos arredores do local de moradia, a confiança em pessoas próximas e instituições, a percepção de riscos de serem vítimas de algum crime e até mesmo a necessidade de mudança de hábitos devido à insegurança.

Sozinho(a) na rua 606u59

De acordo com a pesquisa, 79,7% dos brasileiros se sentem seguros ao andarem sozinhos pelas ruas durante o dia, porcentagem que diminuiu no período da noite para apenas 48,3%.

Na região Centro-Oeste, onde fica Mato Grosso, 80,9% dos entrevistados disseram se sentirem seguros ao andar pelas ruas das cidades ou bairros de dia e apenas 49,6% durante a noite.

Essa insegurança em andar pelos locais à noite pode ser explicada ao menor fluxo de pessoas, ruas mais vazias, pouca ou nenhuma luminosidade, fatores que podem gerar medo nas pessoas ou até mesmo serem um cenário comum de ações criminosas.

Quando a cor ou raça é abordada no estudo, apenas 69,3% das pessoas pretas ou pardas sentem segurança nesse tipo de ação, enquanto 73,8% das pessoas brancas não enxergam problema em andarem desacompanhadas pelas ruas. No Centro-Oeste, essa porcentagem fica em 75,5% e 68,9%, respectivamente.

Esses dados também variam de acordo com a região de moradia, veja abaixo:

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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2021.

Sensação de segurança dos brasileiros 374t2x

Como demonstra a pesquisa, a sensação de segurança de uma pessoa pode variar de acordo com o local onde ela mora, sendo que 89,5% dos entrevistados brasileiros se sentiam seguros em suas casas e 72,1% em seus bairros, mas apenas 54,6% se sentia segura na cidade em que viviam.

Dentre essas pessoas, os homens se sentem mais seguros do que as mulheres em todos os tipos de lugares. A sensação de segurança dentro de casa, por exemplo, foi declarada por 90,5% dos homens e 88,6% das mulheres.

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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2021.

Em relação às regiões, o Sul do Brasil tem a maior proporção de pessoas que afirmaram se sentir seguras, independentemente do local, e o Norte brasileiro tem a menor taxa de sensação de segurança por parte dos cidadãos.

Ainda falando de moradia, o grau de segurança das pessoas que moravam em áreas rurais superava o das áreas urbanas, seja nas cidades ou bairros.

O medo de quem já foi vítima 3g1w12

Todos esses pontos relacionados à segurança ou insegurança também se alteram de acordo com o histórico dos cidadãos de já terem sido vítimas de ações criminosas ou não.

Isso também é mostrado na pesquisa, pois 71,4% dos cidadãos entrevistados, que nunca haviam sido vítimas furto, não viam perigo em andarem pelas ruas nos arredores de casa sozinhos. Já os 49,3% dos participantes da pesquisa já haviam sido furtados e tinham medo de saírem sozinhos pela cidade ou bairro onde moravam.

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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2021.

Ainda falando sobre medo de ser vítima de um crime, 40% da população entrevistada afirmou na pesquisa que acredita ter chance grande ou média de ser roubada na rua, 38,1%, no transporte coletivo e 37,2% de ter seu carro, moto ou bicicleta.

Além disso, 29,5% dos cidadãos tem medo de ter suas casas roubadas e outros 18,1% temem serem vítimas de agressão física.

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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2021.

Uma diferença entre os homens e mulheres entrevistados, é que 20,2% das mulheres afirmaram terem medo de serem vítimas de violência sexual, enquanto 13,5% dos homens tem medo de um episódio de violência policial.

Mudanças de hábitos 3s6f3q

No último bloco de perguntas do estudo, foi analisada a mudança de hábitos dos cidadãos, causada pela insegurança, nos 12 meses anteriores à data da pesquisa.

Como estratégia de segurança, 56,7% das pessoas evitaram chegar ou sair muito tarde de casa, 53,2% evitaram caixas eletrônicos à noite, 51,2% evitaram usar celular em locais públicos, 49,9% deixaram de ir à lugares com poucas pessoas e outros 49,2% evitaram falar com pessoas desconhecidas.

A questão do comportamento para evitar ser vítima de algum crime, também tem diferenças entre o público masculino e feminino, como é possível ver nos dados abaixo:

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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2021.

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Outro aspecto demonstrado na pesquisa da Pnad, foi sobre como as questões de serviços públicos e a presença de equipes de segurança, além do histórico de crime e violência nas grandes regiões do país também são fatores que influenciam no sentimento de segurança dos cidadãos.

Entre as instituições investigadas pela pesquisa, a mais confiável para 87,1% dos entrevistados foi o corpo de bombeiros, enquanto a Justiça foi vista como confiável por apenas 50,2% da população.

Você pode ler a pesquisa completa através deste link.

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