Suspeito de matar advogada em Cuiabá limpou marcas de sangue pela casa 2y5wu
Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, está preso de forma preventiva em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. 33504z
O delegado Ricardo Franco, responsável pelo caso da advogada Cristiane Fonseca Castrillon, de 48 anos, vítima de feminicídio neste domingo (13) em Cuiabá, afirmou que Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos teria lavado toda a roupa de cama e a casa após o crime.

“Ele pegou todas as roupas, jogou no tanque e lavou. Ninguém depois de uma noitada vai tirar a roupa de cama, lavar travesseiro, lavar edredom, que são peças pesadas. Não temos dúvida nenhuma que ali foi o local do crime, que ele dissimulou”, afirmou o delegado.
O suspeito está preso de forma preventiva em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá.
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Segundo Ricardo Franco, a laudo preliminar mostra a existência de violência sexual e que Cristiane teria resistido. A Polícia Civil trabalha com a tese de que o crime aconteceu pelo menosprezo do suspeito à condição de mulher.
“O dolo (crime) progrediu por ele achar nela uma condição inferior, por menosprezo da condição da mulher e achar que é um objeto. Posse. A gente acredita que foi isso. É o que transforma em feminicídio”, explicou ele.
O crime também possui agravantes, de acordo com Ricardo, isso porque Cristiane não tinha como se defender das agressões.

Durante a perícia no local do crime, Almir afirmou que a advogada teria caído e batido a cabeça. Porém, uma técnica de investigação, com uso de luminol (substância que identifica marcas de sangue mesmo após serem lavadas) mostrou que todo o quarto havia sido limpado, o que contradiz a versão apresentada pelo suspeito.
“A técnica com luminol detectou sangue onde ele falou que ela não caiu. Na cama, nos móveis, que tem quina perto, por todo o local. Os traumas na parte de trás da cabeça mostram que ele estava em cima dela na cama. Ela também foi asfixiada”, disse Ricardo.
Entenda o crime 5g5u2c
A vítima foi encontrada morta dentro de um carro no Parque das Águas, em Cuiabá, no final da tarde desse domingo (13).
As investigações iniciaram por volta das 15 horas, após equipe da DHPP ser acionada para realizar a liberação do corpo da vítima, que foi levado pelo irmão, dando entrada na unidade por volta das 14h25, já sem vida.

Segundo as investigações, a vítima ou a tarde de sábado em um churrasco com a família e amigos e por volta das 22 horas foi com o seu carro até um bar nas proximidades da Arena Pantanal. No local, a vítima conheceu um homem com quem teria deixado o bar por volta das 23h30.
Após o fato, os familiares não conseguiram mais contato com a vítima, que também não dormiu em casa. Preocupados com o paradeiro da vítima, o irmão dela ou um aplicativo que indicou que o celular dela estaria no Parque das Águas.
No local, o corpo da vítima foi encontrado dentro do seu veículo Jeep, já sem vida, sendo encaminhada ao hospital pelo irmão.
Com base nas informações, os policiais da DHPP deram início às diligências, chegando até o último local em que a vítima esteve antes da morte, em uma residência no bairro Santa Amália. Por meio de imagens de câmeras de segurança foi possível ver o veículo da vítima saindo do endereço, na parte da manhã, com o suspeito na direção.
Quem é o suspeito 59526q
Almir Monteiro – preso pela morte – é ex-policial militar e ingressou na corporação em 13 de novembro de 2000. Contudo, em 21 de março de 2013 foi instaurado processo istrativo para sua demissão por roubo.

A expulsão de Almir foi publicada no Boletim Geral Eletrônico n.º 1211, em 19 de março de 2015, que concordou com o relatório conclusivo do Conselho de Disciplina, que decidiu pela demissão do ex-policial.
No mesmo ano, a defesa de Almir apresentou um mandado de segurança contra a sua demissão. Na época, ele alegou que é portador de esquizofrenia, razão pela qual teria sido interditado judicialmente. Contudo, ele não conseguiu regressar à corporação.