"Sintonia dos Gravatas": preso há 1 mês, advogado é suspeito de por fogo em alojamento 6z1y4n
A Auditoria Militar de Campo Grande determinou apuração de princípio de incêndio ocorrido no alojamento onde estava preso, até essa quarta-feira (27) o advogado Bruno Ghizzi, 30 anos, alvo da operação “Courrier”, ação dedicada à investigar grupo de advogados sob suspeita de integrar facção criminosa atuante dentro e fora dos presídios.
A suspeita é de que o próprio Ghizzi tenha provocado o fogo. O alojamento fica no presídio militar estadual, o que explica estar sob a fiscalização da Auditoria Militar.

O Primeira Página apurou que o fogo atingiu o teto de pvc do espaço, onde ficam duas lâmpadas. Não há detalhamento do estrago, mas diante do ocorrido, o preso foi levado para outro local dentro do Presídio Militar, onde ficam as chamadas salas do estado maior. São espaços destinados à custodia de profissionais do Direito, mantidos pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Quando os policiais que fazem a guarda do presídio perceberam as chamas, logo atuaram e Ghizzi foi para outro espaço, não detalhado.
No dia seguinte, equipe do Instituto de Perícia e Criminalística de Mato Grosso do Sul esteve no alojamento, para levantar as causas do fogo.
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O PP procurou a OAB, que informou não se manifesta a respeito por estar conduzindo procedimento em sigilo a respeito das suspeitas sobre o advogado. A defesa de Ghizzi ainda não foi localizada para comentar o fato.
Peça-chave na operação Courrier, Bruno Ghizzi foi preso em 25 de março, quando a operação foi para as ruas, e levou mais 3 colegas dele para a cadeia, além de dois servidores públicos da Justiça e da área de segurança pública.
A suspeita envolve o apoio à facção criminosa, inclusive para planos de atentados a autoridades policiais e do judiciário.