Sindjor, Abraji e Fenaj repudiam agressão à equipe da TVCA em Lucas do Rio Verde 5m4gh

Equipe produzia reportagem sobre combate a incêndios quando foi surpreendida pelo proprietário de algodoeira. 1j147

O Sindjor-MT (Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso) e a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) emitiram nota de repúdio nesta sexta-feira (23) contra a agressão sofrida por uma equipe da TV Centro América, em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá. A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) também divulgou no portal oficial uma nota de repúdio.

Equipe foi agredida durante produção de reportagem em Lucas do Rio Verde

O jornalista Bruno Motta e o repórter cinematográfico, Alexandre Perassoli, gravavam nessa quarta-feira (21) em frente à algodoeira Cotton Jorge, na região do Campinho Verde. Eles produziam uma reportagem sobre combate a incêndios em algodoeiras.

A equipe da TV Centro América havia pedido autorização para gravar dentro do local. Com a recusa, deixou a propriedade. Mesmo estando fora, foram surpreendidos pelo proprietário do local, Jorge Meinerz, que se aproximou e tentou pegar a câmera da equipe. Exaltado, Jorge chegou a tomar o celular funcional do repórter. Ele só devolveu após muita insistência.

De acordo com a equipe, o produtor rural chegou a segurar no colarinho da camisa do repórter. Tranquilamente, Bruno informou que estavam apenas do lado de fora e que não mostrariam imagens do local.

Leia mais n1u6n

  1. Na telona: documentário mostra histórias de venezuelanas que moram em Cuiabá 285r1n

  2. Tinha até bigato; 4,8 toneladas de carne são aprendidas em empresa que fornece merenda 2z5a42

  3. Procurados por homicídios em MT são presos no Pará 271x4c

  4. Em investigações contra roubos, Derf impede execução por vingança 1kbg

  5. Vai na esquina e volta com uma muda: a mania dos colecionadores de rosas do deserto k5a39

  6. Dia D de vacinação contra paralisia infantil prevê atingir todas as crianças da zona rural de Cuiabá 91s7

Em determinado momento, Jorge fez ameaças à equipe. “Divulga essa imagem para ver o que sobra para vocês”. Disse, ainda, que se a emissora exibisse as imagens, os “buscaria em casa.” Parte das ameaças e da agressão foi gravada pelo repórter cinematográfico que estava com a câmera ligada.

A equipe da TV Centro América procurou a delegacia de Lucas do Rio Verde. O caso foi registrado como ameaça e preservação de direito.

Incêndio em algodoeira 6d2o6b

Na semana ada, a algodoeira Cotton Jorge pegou fogo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio destruiu cerca de 1.100 rolos de algodão. O prejuízo a de R$ 17 milhões.

A reportagem que estava sendo produzida para o programa + Agro e para o Globo Rural era para mostrar a estrutura de combate a incêndio das algodeiras e o que estão fazendo, principalmente durante esse tempo seco.

equipe agredida
Equipe foi agredida durante reportagem (Foto: Reprodução)

Leia na íntegra a nota de repúdio do Sindjor: l435a

O jornalista Bruno Motta e o repórter cinematográfico Alexandre Perassoli foram alvo de atitudes agressivas e de ameaças pelo produtor rural Jorge Meinerz, da Algodoeira Cotton Jorge, na localidade denominada “Campinho”, em Lucas do Rio Verde.

A equipe produzia uma reportagem sobre prevenção e combate a incêndios e, como a atividade algodoeira é de alto risco, pretendia divulgar procedimentos reforçados nessa atividade para evitar esse tipo de ocorrência. Por óbvio, reportagens dessa natureza, têm caráter instrutivo comum e bastante pertinência na estação seca que Mato Grosso atravessa e, desta forma, trata-se de um serviço de utilidade para a população que, num eventual incêndio, sofre com ocorrências dessa natureza, além dos riscos à segurança do trabalho nesses ambientes.

O proprietário da empresa, Jorge Meinerz, recusou a permissão e a equipe saiu do perímetro da propriedade. Quando já se encontrava fora, a dupla de jornalistas foi surpreendida pelo proprietário que chegou exaltado e furioso tentando, além dos insultos, se apropriar da câmera da equipe chegando a tomar, com violência, o aparelho celular funcional do repórter só o restituindo depois de muita insistência. Durante esse procedimento esdrúxulo segurou no colarinho do repórter que, buscando manter o equilíbrio emocional, informou que não seriam exibidas imagens do local, momento em que Jorge, ainda com a mesma fúria i nicial, ameaçou a equipe dizendo que se as imagens fossem exibidas “sobraria para vocês” (em clara alusão à integridade física dos jornalistas) e que, se fosse exibida qualquer imagem os “buscaria em casa” em clara alusão à integridade física dos profissionais de imprensa.

Parte das ameaças e agressão foram registradas pelo repórter cinematográfico que, por medida cautelar, ligou a câmera registrando o incidente.

A equipe, posteriormente, registrou queixa na Delegacia de Polícia. O Sindicato dos Jornalistas, repudia a agressão e movimenta o seu Departamento Jurídico para acompanhar o inquérito ao tempo em que coloca a Fundação “Vladimir Herzog” à disposição dos profissionais para a responsabilização do senhor Jorge Neimerz e, com isso, tomando providências para tais fatos não se repitam.

E é importante registrar que em 14 de setembro um incêndio já havia consumido 1.100 rolos de algodão, na mesma empresa e o que se buscava era uma reportagem, de caráter educativo e motivacional, para que empreendimentos dessa natureza, em outros locais, procurem evitar, dentro do possível, a ocorrência de incêndios desse tipo e até outros, com o reforço de medidas de prevenção e dos meios adequados de contenção, sempre que as condições climáticas se agravarem e constituírem fatores adversos e de risco mais elevado a esse tipo de atividade.

Cuiabá, 23/09/2022
Itamar Perenha
Pres. do Sindicato dos Jornalistas-MT”.

Leia a íntegra da nota da Abraji: 3p521z

No fim da manhã da quarta-feira ada (21.set.2022), os repórteres Bruno Motta e Alexandre Perassoli, da TV Centro América, afiliada da TV Globo no Mato Grosso, foram ameaçados e agredidos pelo produtor rural Jorge Meinerz, em Campinho Verde, município de Lucas do Rio Verde, a cerca de 350 Km de Cuiabá.

A equipe produzia uma matéria para o programa Globo Rural sobre o combate às chamas na região e a pauta abordava as estratégias de produtores para prevenir novos incêndios, muito comuns nesta época do ano. Há uma semana o fogo dizimou cerca de 1.100 rolos de algodão – gerando prejuízo estimado em R$ 17,6 milhões.

Durante a fase de apuração, os jornalistas receberam indicação para mostrar uma algodoeira atingida pelos incêndios. Bruno Motta contou à Abraji que telefonou para o empresário Jorge Meinerz, que não autorizou o registro de imagens, negou o pedido de entrevista e instou os repórteres a deixarem a propriedade imediatamente. Os repórteres então se retiraram do local e continuaram a gravar imagens fora das terras do produtor.

Foi nesse momento que a abordagem truculenta começou. “Meinerz chegou sem falar nada, puxando o equipamento do repórter cinematográfico Alexandre Perassoli, arrastando ele e a câmera”, relatou Motta à Abraji. Toda a agressão foi registrada em vídeo, em que é possível ouvir quando o produtor eleva o tom das ameaças: “divulga essa imagem para você vê o que sobra para vocês”. O Boletim de Ocorrência foi registrado na delegacia de Lucas do Rio Verde.

Esse ataque é apenas um entre as centenas de violações à liberdade de imprensa que a Abraji identificou em 2022. Do total de alertas coletados no ano (353), 81 são casos graves, que envolvem violência física, destruição de equipamentos, ameaças e até assassinatos. O número representa um aumento de 32,7% em relação ao mesmo período de 2021 (61).

Em nota, a TV Centro América declarou que “repudia qualquer tipo de ameaça ao livre trabalho da imprensa, garantido por lei, e tomará as medidas necessárias”. Lideranças sindicais também se manifestaram contra a agressão. A Abraji se soma a essas organizações para condenar esse novo episódio de violência contra a imprensa e prestar solidariedade aos repórteres, atacados no exercício da profissão.

A Abraji espera que as autoridades policiais conduzam as investigações de forma independente, e que o agressor seja responsabilizado. Os atos do empresário atentam contra a liberdade de expressão e o direito à informação, previstos na Constituição Federal.

Diretoria da Abraji, 23 de setembro de 2022“.

O outro lado 424q6o

O produtor rural, representado pela advogada Adriana Marcon, também divulgou nota nesta sexta-feira (23) afirmando que as informações divulgadas foram tiradas do contexto. Confira a manifestação na íntegra:

“Sr. Jorge Meinerz, representado por seus patronos que esta subscrevem, vem por meio desta, em resposta às publicações vinculadas na imprensa realizadas no dia 22 de setembro de 2022, sob o título “Equipe da TV Centro América é agredida durante reportagem em Lucas do Rio Verde (MT)”, que noticia que, equipe de televisão teria sido agredida pelo agricultor Sr. Jorge Meinerz dentro de sua propriedade, cabe o direito de resposta (Art. 2º da Lei Nº 13.188/2015) nos seguintes termos:

Não são verdadeiras as afirmativas dos autores sobre a suposta agressão, devendo ser esclarecido que:
I. No dia 14/09/2022 ocorreu um incêndio de grandes proporções em produção de algodão que estava armazenada no pátio do armazém de propriedade do Sr. Jorge, cuja causa ainda está sob investigação;

II. Foram tomadas todas as medidas de prevenção e segurança, tendo o ocorrido sido acompanhado pelo Corpo de Bombeiros, cujo boletim de ocorrência já foi lavrado para a tomada das medidas cabíveis ao caso;

III. O local ainda pende de realização de perícia, assim como, devido ao excesso de calor, ainda há riscos de focos de incêndio, por isso o o ao local está proibido;

IV. Por fim, a equipe de reportagem da emissora TV Centro América entrou na propriedade do agricultor para fazer imagens do local do sinistro sem qualquer autorização, violando princípios constitucionais e, por fim, após insistência do agricultor e de seus colaboradores se retirou do local e ou a fazer imagens da frente da propriedade, pelo que, as imagens divulgadas na imprensa foram distorcidas, não representando a verdade dos fatos ocorridos.

V. O ofendido, informa ainda que, se necessário, tomará as medidas judiciais cabíveis frente aos fatos publicados para preservação de seus direitos.

VI. A notícia foi divulgada sem a correta versão dos fatos e com base em trechos desconexos do ocorrido, aguardamos a cessão de espaço para formalização do direito de resposta, uma vez que as reportagens divulgadas não condizem com a verdade. Certos do seu pronto atendimento. No mais, seguimos à disposição”.

Matéria atualizada às 20h10. 84y46

FALE COM O PP 6s423v

Para falar com a redação do Primeira Página em Mato Grosso, clique aqui. Curta o nosso Facebook e siga a gente no Instagram.

Leia também em Segurança! 3v1j16

  1. caminhonete

    Manobra termina com caminhonete mergulhada no Rio Taquari; vídeo 5t4y5s

    Incidente ocorreu no final da tarde deste sábado (7)....

  2. caseiro

    Caseiro incendiou mulher na frente de testemunha: “Você é a próxima” 5t206o

    Lourenço de Xavier, de 54 anos, está preso em Corumbá. ...

  3. MT bloqueia operações de 5 empresas suspeitas de irregularidades em consignados de servidores 3p6m5k

  4. mulher

    Mulher presa em casa pelo marido é resgatada em situação degradante em MS 4m1a4y

    Caso foi denunciado à Polícia Civil por uma testemunha anônima. ...

  5. Segundo a Polícia Militar, a mulher foi atacada com socos, chutes e golpes de madeira. (Foto: PMMT)

    Ataque a tiros em bar deixa um morto e outro ferido em Alto Garças 3z5h7

  6. motociclista

    Vídeo: motociclista fura preferencial e morre após batida violenta 2o525v

    Acidente ocorreu na manhã deste sábado (7), em Dourados. ...