Servidora de colégio militar diz ser vítima de racismo após fazer tranças afro 691km
Além do registro na Polícia Civil, ela formalizou uma denúncia na Corregedoria da PM também foi registrada 74v21
Uma servidora pública estadual que atua na Escola Militar Tiradentes, denunciou ser vítima de racismo na unidade escolar. Ela registrou um boletim de ocorrência, onde afirmou estar sofrendo preconceito por parte de policiais que também trabalham no colégio.
Além do registro na Polícia Civil, ela formalizou uma denúncia na Corregedoria da PM nessa segunda-feira (25).

Isa Mara Castro Rondon contou que foi contratada para trabalhar até dezembro deste ano, no entanto, após fazer tranças afro nos cabelos, ela relata que ou a ser coagida pelos militares a retirar o penteado para que continuasse atuando na unidade.
A reportagem teve o a uma conversa gravada entre a servidora e um coronel da instituição. “Se você quiser usar [as tranças] tudo bem, você vai usar, mas eu vou pedir pra te tirar daqui [do colégio]”, disse o militar.
A diretoria do colégio não quis se pronunciar sobre o caso.
Já a Seduc (Secretaria Estadual de Educação) informou que, mesmo o colégio tendo gestão militar, o código de conduta para os servidores públicos é o mesmo, independente da direção da unidade.
Como o regulamento não proíbe o uso de tranças ou a pintura do cabelo, a funcionária não viola nenhuma cláusula do estatuto, conforme o estado.
Por outro lado, segundo a funcionária, a DRE (Diretoria Regional de Educação) forneceu uma lista de escolas para ela sair da militar e ser transferida para um colégio comum.
Ainda segundo a servidora, alguns alunos reclamaram à diretoria o fato de a profissional poder trançar os cabelos e os estudantes não. Depois disso, Isa disse que ou a ser ameaçada pelos militares para fazer a mudança.
“Estudei no Tiradentes e entendo que tem um padrão de vestimenta e eles alegam isso. Porque fui aluna, automaticamente preciso seguir o padrão. Mas agora sou servidora pública, então não há motivos para eu me vestir e me portar como aluna”, pontuou.
De acordo com o advogado Giovane de Albuquerque Figueiredo, a direção da escola, por lei, não pode obrigar a funcionária a retirar as tranças ou tingir o cabelo e que essa atitude cabe indenização.
Devido à ameaça de transferência e por não constar a proibição da cor e da trança no cabelo no regulamento, Isa procurou a delegacia e denunciou o diretor, a coordenadora, que também é militar, e um sargento por injúria racial e preconceito.
Comentários (1) 3kf3p
Lá tem código de vestimenta aos alunos e servidores devem sim dar exemplo, desde quando Lã azul é cabelo afro?