Sejusp começa estudo para criação de Casa da Criança em Campo Grande 2h264z
Coordenação da pesquisa, que vai apontar a real possibilidade de criação da Casa e o investimento necessário, será feita por Roberto Gurgel Filho, delegado-geral da Polícia Civil 396q20
Começa nesta terça-feira (7) o estudo que vai viabilizar a criação da Casa da Criança em Campo Grande. A ideia é que o local abrigue todas as entidades responsáveis pela rede de proteção a infância, assim como é feito na Casa da Mulher Brasileira, que desde 2015 atende vítimas de violência doméstica de maneira especializada na Capital de Mato Grosso do Sul.

A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira. Segundo ele, a coordenação da pesquisa, que vai apontar a real possibilidade de criação da Casa e o investimento necessário, será feita por Roberto Gurgel Filho, delegado-geral da Polícia Civil.
Ele terá um prazo de 30 dias para produzir o relatório, que depois de concluído será analisado pela Sejusp (Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública) e enviada ao ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino.
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Enquanto isso não acontece, a segurança de Mato Grosso do Sul começa a desenvolver uma “solução temporária” para a ausência de apoio 24 horas as crianças vítimas de violência, física, psicológica e sexual: a criação de um setor específico dentro da Casa da Mulher Brasileira, chamado de Núcleo de Atendimento de Urgência.
Segundo o secretário, hoje o prédio da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) não comporta a estrutura necessário para ficar aberta dia e noite.
“Nós pretendemos ter um setor da Depca dentro da estrutura física que hoje abriga a Deam. Vamos discutir isso com o governo federal, com o município, mas o estado de Mato Grosso do Sul, a Sejup mormente, defende que aquele espaço – onde você tem psicólogo, tem representante da defensoria pública, do Ministério Público e do Judiciário – não seja somente destinada as mulheres adultas, mas também as crianças e aos adolescentes”.
Hoje, meninas vítimas de violência sexual já são atendidas no local, mas outros tipos de crime conta crianças e meninos que sofrem o mesmo tipo de abuso, não são levados para a unidade. Justamente por isso, a intenção é ampliar o atendimento.
“Para estabelecer o Núcleo de Urgência é muito mais rápido, só precisa de mais um setor no espaço. O Gurgel e as delegadas já se manifestaram a favor de que a parte istrativa da Deam seja em outro prédio, ficando ali apenas o atendimento emergencial para as duas delegacias”, detalhou o secretário. Se o conselho responsável pela Casa da Mulher concordar, o projeto deve começar a funcionar em março.
A implementação do Núcleo deve servir de laboratório para a futura Casa da Criança. Se der certo, a experiência será usada como condição para pleitear recursos federais que vão tirar o novo projeto do papel.
A estrutura z6a67
Para a reportagem, Videira explicou que a ideia do novo setor na Casa da Mulher Brasileira é semelhante ao que já é feito nas cidades do interior com mais de 20 mil habitantes, nas conhecidas Salas Lilás; locais em que crianças e mulheres vítimas de violência recebem atendimento especializado.
Além disso, o secretário garante que a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul tem total condição de ampliar o atendimento; hoje mais de 200 policiais civis já receberam treinamento especial para atender vítimas de crimes dessa natureza e o Estado se prepara para contratar psicólogos e assistentes sociais para atuar nessas unidades.
“Já temos a autorização do governador para fazer um processo seletivo simplificado para contratação de psicólogo e assistentes sociais que vão atuar não só na Deam, não só na DEPCA, mas também nas delegacias de atendimento a mulher e as delegacias de atendimento à infância, juventude e idoso no interior”.
O processo seletivo ainda não foi divulgado oficial porque a Polícia Civil ainda apura quantos profissionais serão necessários para atender todas as unidades que já existem no Estado.
Justiça por Sophia ott
A possibilidade do atendimento especializado e ininterrupto ganhou espaço para discussão depois do assassinato brutal da menina Sophia de Jesus Ocampo. Isso porque as violência contra a menina – praticadas pelo padrasto Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos e pela mãe dela, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos – já haviam sido denunciadas um anos antes, sem que nada fosse feito.