Seis são indiciados por matar jovem para vingar abuso de menina de 11 anos em Campo Grande 2c7365
Felipe Batista de Carvalho, de 19 anos, foi encontrado morto com mãos e pés amarrados por fios elétricos em terreno baldio no Jardim São Conrado 22556g
Seis pessoas foram indiciadas pela morte de Felipe Batista de Carvalho, jovem de 19 anos encontrado morto com mãos e pés amarrados por fios elétricos, em terreno baldio no Jardim São Conrado, em Campo Grande, em abril. Para a Delegacia de Homicídios, Felipe foi morto como vingança por abusar sexualmente de uma menina de 11 anos.

Dos seis envolvidos – três mulheres e três homens – quatro estão presos preventivamente: Bruno Henrique Soares Ortega (26), Paulo Oliveira Leite Modesto (38), Maykon Leiva Monção (29) e Amanda Alves da Silva (44).
A prisão de uma quinta pessoa, uma mulher, de 25 anos, foi decretada, mas ela permanece considerada foragida. No decorrer das investigações, a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) apurou que Felipe teria tido relacionamento com a filha dela, que não será identificada para preservar a identidade da criança.
Por causa disso, indica a apuração, a mãe procurou integrantes de uma facção criminosa, para uma espécie de tribunal do crime, como são chamados justiçamentos completamente à margem da lei. Os integrantes do grupo criminoso, atuantes na região do bairro Paulo Coelho Machado, teriam decidido pela execução de Felipe.
De acordo com o delegado Carlos Delano, as investigações também apuraram que tudo começou em área de invasão da Homex e seguiu para uma casa na região do Jardim Tarumã. Após o crime, o corpo do rapaz foi abandonado em matagal, às margens de uma rua sem asfalto.
Em avançado estado de decomposição, o corpo de Felipe só foi identificado após exames necropapiloscópicos.
A investigação 451h4l
Felipe era procurado desde o dia 17 de abril, quando familiares acionam a delegacia de Campo Grande para comunicar o sumiço do jovem. De acordo com o pai, o rapaz não era visto desde o dia 15, por volta das 19h.
Na primeira fase das investigações, a polícia chegou à Clarice, que foi presa e apresentou informações relevantes, que ajudaram a identificar a mãe da menina de 11 anos.
A casa da mãe da criança teria sido o primeiro local para onde o jovem foi levado pelo grupo. Porém, a suspeita se mudou do local, um dia após a condução.
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Em nova fase de investigações, a polícia chegou até outros envolvidos. Bruno, conforme apurado, teve a função de liderar a “condução da vida” da vítima. Ele teria recebido a ajuda de uma mulher, identificada como Luciana.
Após saber do envolvimento de Felipe com sua filha, a mãe da menina procurou o pai da criança que, de dentro da cadeia, mobilizou pessoas para que se desse início à organização do julgamento ilegal do jovem.
É preciso deixar claro que, à luz da lei, o fato configuraria crime de estupro, por envolver uma criança. Se a mãe tivesse procurado a delegacia especializada da área, Felipe seria investigado e, se comprovado, punido.
Mudança de lugar k2543
Horas depois de manterem Felipe na casa da mãe da criança, o grupo teria levado o rapaz em um veículo Corsa, de cor vermelha, para outro endereço. Maykon e esposa, Amanda, estariam no carro. Junto com Bruno, o casal deixou o local levando Felipe.
A polícia não sabe se Luciana também acompanhou o grupo. Para esclarecer o fato, foi solicitada pedido de quebra de sigilo de dois telefones da suspeita.
Por meio de análise de dados da tornozeleira eletrônica usada por Bruno, a polícia apurou que a segunda “cantoneira” usada pelo grupo fica na região do Jardim Tarumã, onde permaneceram das 17h30 à meia-noite, do dia 16 para 17 de abril. O corpo de Felipe foi encontrado no dia 20, com as mãos e pés amarrados, e em avançado estado de decomposição.