Secretário nega que motim tenha relação com organizações criminosas 4z2o2i
Antônio Carlos Videira informou que princípio de motim em Cassilândia não envolve presos ligados a grupos criminosos; 107 detentos serão transferidos 2z531e
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira informou, nesta quinta-feira (23), que o princípio de motim registrado no Estabelecimento Penal de Cassilândia, a 406 quilômetros de Campo Grande, não tem relação com grupos criminosos. Ao todo, 107 detentos que participaram do motim devem ser transferidos da unidade.

Segundo o secretário, dois presos começaram a brigar após o dinheiro de um deles sumir e esta confusão resultou em um princípio de motim.
“Depois dessa briga generalizada, houve uma revista em todo o presídio, aquilo que havia sido subtraído foi localizado e eles então partiram para um movimento de motim, colocaram fogo em colchões”, resumiu Videira. “Mas não tem nada a ver com facção ou com motivação outras se não promovida pelos próprios internos”.
Antônio Carlos Videira, secretário de Segurança de MS
Controle da situação e transferências 104ml
Videira reforçou ainda que as forças policiais locais foram acionadas e contaram com o reforço dos batalhões táticos da região e Batalhão de Choque da Polícia Militar. Os presos foram retirados das celas e os que participaram do motim foram detidos e separados dos demais.
As transferências dos internos para a Capital e outras unidades penais do interior começaram durante à noite e continuaram durante esta quinta-feira (23).
O secretário informou ainda que uma parte do presídio não foi danificada, permitindo a permanência de alguns detentos no local.
“A parte de istração, de saúde, de alimentos, cozinha não foi danificada, então permite manter lá uma população carcerária. Enquanto isso nós vamos promover a reforma e as adequações e quando estiver tudo pronto, os presos voltam para lá”.
Antônio Carlos Videira, secretário de Segurança de MS
Em relação a pena, o secretário informou que os envolvidos no motim vão responder por dano ao patrimônio público, dano qualificado, e terão a pena aumentada. “Ele tem que entender que estragou o ambiente que ele ficava e não só prejudicou ele como também os outros”.

Controle da situação e transferências 104ml
Videira informou que a pasta tem recursos disponíveis para a reforma que deve contar com mão de obra carcerária. “Vamos tentar presos de outras localidades de forma que aqueles que forem empregados nas reformas possam remir pena. Com isso, a gente tem celeridade na execução das reformas”.
Sobre a superlotação no presídio que tem capacidade para 80 presos, mas abrigava mais de 200 no momento do motim, o secretário respondeu que isto é um reflexo da Segurança Pública.
“Quanto mais eficiente você for na segurança pública, mais preso você vai ter”.
Antônio Carlos Videira, secretário de Segurança de MS
Videira disse ainda que, apesar de a população carcerária do Estado ser proporcionalmente uma das maiores do país, Mato Grosso do Sul está preparado para evitar situações como as registradas recentemente no Rio Grande do Norte, quando criminosos atacaram instituições públicas, incendiaram veículos e causaram medo na população. “Temos homens e mulheres treinados e equipamentos de ponta para responder à altura”, respondeu.