Secretário adjunto de educação é exonerado após ser alvo de operação 6w4w2

A prefeita de Sidrolândia, Vanda Cristina Camilo publicou nesta quinta-feira (4), a exoneração do secretário adjunto de Sidrolândia, Rafael Soares Rodrigues. Ele foi alvo de busca e apreensão durante a terceira fase da Operação Tromper do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao crime Organizado) nesta quarta-feira (3).

De acordo com a publicação do Diário Oficial da Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), a exoneração foi a pedido de Rafael e o decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a partir de 2 de abril de 2024.

Apesar da operação, ainda na quarta, Rafael publicou um vídeo de filiação ao PSDB. Ele deve concorrer às eleições municipais deste ano, pleiteando um cargo de vereador em Sidrolândia.

Operação Tromper u558

Mais uma fase da Operação Tromper foi deflagrada nesta quarta-feira (3), em Sidrolândia. Oito pessoas foram presas, entre elas Claudinho Serra, vereador do PSDB. Além disso, 27 endereços foram alvos de busca e apreensão, sendo empresas e locais relacionados a servidores municipais.

Segundo a investigação do Gaeco, Claudinho Serra seria o mentor e responsável pela articulação dos esquemas relacionados à fraudes em processos licitatórios, desvios de recursos públicos e pagamentos e recebimentos de propina a servidores e empresários na Prefeitura de Sidrolândia.

Esta é a terceira fase da operação que apura suposto esquema de desvio de verba pública por meio de contratos fraudulentos firmados entre empresas e a Prefeitura de Sidrolândia. O desfalque gira em torno de R$ 15 milhões.

Claudinho continua preso no Centro de Triagem Anísio Lima, no Complexo Prisional do Jardim Noroeste e está em uma cela separada do pavilhão onde estão outros detentos. Vale ressaltar que ele é genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo. Ele foi empossado neste ano como vereador após conseguir uma vaga de suplente nas eleições de 2020.

Contratos, aditivos e ar-condicionados 4315x

Segundo a investigação, o suposto grupo criminoso chefiado por Claudinho Serra usava empresas vinculadas aos integrantes para vencer as concorrências públicas na prefeitura de Sidrolândia. Eles sempre apresentavam propostas muito baixas para evitar concorrência. Depois, faziam aditivos.

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Além disso, o Ministério Público descobriu que Claudinho Serra usava dinheiro público para pagar demandas particulares, entre elas, manutenção de ar-condicionado da casa dele e a compra de um gerador para a propriedade rural do atual vereador de Campo Grande.

Em resposta a reportagem, a defesa do vereador Claudinho Serra informou que acompanhou os procedimentos do Ministério Público ontem e que não teve o ao processo, por isso não vai se manifestar. Disse ainda que não vê necessidade para manter presa preventivamente uma pessoa como o vereador, que é primário, com residência fixa e ocupação lícita. Além disso, ressaltou que ele sequer foi intimado para ser ouvido na investigação.

Já a Prefeitura de Sidrolândia afirmou que acompanha o andamento da operação e está à disposição para colaborar com as investigações, fornecendo todas as informações e documentos solicitados.

Por fim, o presidente da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, onde Claudinho atua, ressaltou que, por se tratar de fato anterior ao mandato, a cadeira do vereador segue sem alteração.