Ronnie Lessa é alvo de operação contra tráfico internacional de armas i4z4r
O ex-policial acusado de matar a vereadora Marielle e o motorista Anderson está preso em Campo Grande desde 2020 v1t5w
O ex-policial Ronnie Lessa, preso na Penitenciária Federal de Campo Grande pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, voltou a ser alvo de operação contra o tráfico internacional de arma nesta quinta-feira, dia 14 de julho. Essa é a terceira vez que a polícia entra no presídio para cumprir mandado de prisão contra ele.

Conforme a Polícia Federal, desta vez, Ronnie Lessa é acusado de enviar pelo menos dez remessas de peças de armas da Flórida, nos Estado Unidos da América, para o Rio de Janeiro.
No Brasil, as peças se transformavam em armas que abasteciam a criminalidade do Rio, principalmente integrantes de um grupo de extermínio. As investigações da Polícia Federal apontam que as remessas foram enviadas ao longo de 20 meses, entre os anos de 2017 e 2018. Três delas foram feitas com ajuda da filha de Ronnie, que mora na Flórida.
Ela também é indiciada no inquérito que apura o crime. A investigação constatou ainda que além dos Estados Unidos, o ex-policial importava ilegalmente peças de armas da Nova Zelândia e da Ásia.
A prisão cumprida hoje na Penitenciária Federal de Campo Grande é preventiva e se soma a outras acusações contra Lessa, um deles justamente contra o contrabando de armas do exterior para o Brasil.
Ronnie está em Campo Grande desde dezembro de 2020, em uma cela padrão, individual, de aproximadamente 7 m², com cama, banco, escrivaninha, prateleiras, vaso, pia e chuveiro, que fica a ala de presos protegidos pela justiça, pois foi policial. Ele já foi condenado por destruição de provas e espera data do o júri popular pelo homicídio de Marielle e Anderson.
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Em março deste ano a Polícia Federal Lessa foi alvo da Operação Flórida Heat, que também mirou um grupo criminoso responsável pela venda de armas para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel no Rio de Janeiro.
As ações foi furto de dois anos de investigação contra uma quadrilha especializada no envio de armas e órios do exterior para o Brasil. Os materiais bélicos eram mandados dos Estados Unidos dentro de contêineres ou encomendas postais para os estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina.
Na maioria das vezes, as armas eram escondidas dentro de equipamentos, como máquinas de soldas e impressoras, que eram despachados com outros itens: como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados.
Em solo brasileiro, eram transportados até uma residência em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, onde os armamentos eram montados com auxílio de impressoras 3D (Ghost Gunner) e posteriormente distribuídos.
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Meses depois, em maio de 2022, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) prendeu Lessa por envolvimento com um grupo criminoso responsável por comandar o jogo do bicho em diversos estados do país. Policiais, civis e militares, e até delegados, são investigados na ação.
Denominada Calígula, a operação tinha como alvo principal Rogério Costa de Andrade Silva, conhecido como Rogério de Andrade, e seu filho Gustavo de Andrade. Juntos, lideravam um grupo criminoso responsável por instalar casas de jogos clandestinas no Rio de Janeiro e praticar homicídios na cidade. Esquema parecido com o revelado pela força-tarefa da Operação Omertà, em Mato Grosso do Sul.
Entre os integrantes do grupo, estão delegados, policiais civis e policiais militares da cidade, além do ex-policial. A parceria entre Rogério de Andrade e Ronnie Lessa, segundo a polícia, começou em 2009. Na época, o assassino de Marielle era segurança de Rogério. Em 2018, ano da morte da vereadora, os dois denunciados se reaproximaram, e Rogério novamente se aliou a Ronnie para abrir uma casa de apostas na região conhecida como Quebra-Mar, na Barra da Tijuca.
O local foi fechado pela polícia no dia na inauguração, já durante as investigações que resultaram na Operação Calígula.