Relatório mostra emboscada, perseguição e tiroteio após morte de Opala e5d5t
Com o fim das apurações sobre a morte de Mateus Pompeu Dias, cabe ao Ministério Público decidir se vai denunciar o suspeito do crime, ou não 5z2p63
A investigação sobre a morte de Mateus Pompeu Dias, o “Opala”, de 40 anos, chegou ao fim e agora cabe ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul decidir se vai denunciar Eriton Amaral de Souza, o “Tonzinho” pelo crime, ou não.
Para isso, os promotores terão em mãos um relatório feito pela DHPP ((Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios e de Proteção à Pessoa) que mostra detalhes de como o crime aconteceu; tudo comprovado por imagens de câmeras de segurança.

Os fatos da morte de Mateus, até a prisão de “Tonzinho”, parecem mais cena de filme; um enredo com emboscada, perseguição e acidente nas ruas de Campo Grande.
Mateus, segundo as investigações, era integrante de uma facção paulista, mas depois de ser acusado de matar um companheiro de crime sem autorização e também de estupro, foi jurado de morte pelo próprio grupo. Em 2020, um atentado contra ele acabou na morte da sua esposa, Sônia Estela Flores dos Santos.
Depois disso, Mateus foi parar na cadeia e na época, contou sobre as ameaças e negou os crimes pelo qual era acusado pela facção.
Para a polícia, apesar do tempo, a facção continuou com a missão de executar Mateus. Essa versão foi confirmada pela atual companheira dele, que em depoimento revelou que o marido foi avisado de que ainda era alvo e deixou claro que sabia de quem.
Mesmo sem o mandante ter sido identificado, para a polícia, não há dúvidas de que essa foi a motivação para a morte de “Opala” e que Eriton Amaral, foi contratado para fazer isso sem novos erros.

“Tonzinho”, como é conhecido no mundo do crime, para a polícia, é um assassino profissional e estudou a rotina de Mateus para ter certeza do melhor momento para atacar, sem ferir pessoas da família dele.
A data escolhida foi 21 de março; pouco antes das 7 horas.
Através de imagens de câmeras de segurança, os investigadores constataram que Mateus foi perseguido pelo assassino desde o momento em que deixou a serralheria que trabalhava na rua Ana Rosa Castilho Ocampos, no Jardim Montevidéo, em um Fiat Uno. Poucos metros depois, foi interceptado.
O pistoleiro estava de moto, por isso não teve dificuldade em emparelhar com o carro da vítima, sacar a arma e disparar várias vezes contra Mateus.

O que “Tonzinho” não esperava, é que os tiros seriam ouvidos por um sargento de folga. O militar dirigia pela região e quando notou os disparos, deu a volta da avenida e encontrou o suspeito ainda com arma em punho, ao lado do carro da vítima. Ele se apresentou como policial, mas foi recebido a tiros. Para se defender, se escondeu atrás da porta do próprio carro.
“Tonzinho” aproveitou para fugir em alta velocidade e foi perseguido pelo sargento. No caminho, disparou mais de uma vez contra o carro do policial.
Essa cena também foi capturada por câmeras de segurança. As imagens mostram que para não ser atingido, o militar dirigiu em zig-zag, enquanto ainda tentava parar o assassino.


A perseguição durou até a BR-163; quando “Tonzinho” perdeu o controle da direção, subiu em um meio-fio e tombou a moto. Ele ainda tentou fugir a pé, mas foi mais uma vez seguido e finalmente capturado. Ainda assim, conseguiu tirar o celular do bolso e quebrar a tela, para que a polícia não tivesse o.
Já na delegacia, “Tonzinho” preferiu não falar sobre as acusações. Em um depoimento de cinco minutos apenas deu os dados pessoais e contou que tem agens por homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma, mas só foi condenado pelo tráfico e estava em liberdade condicional justamente por esse crime.
Agora ele responde por homicídio qualificado por emboscada e por uso de arma de fogo de uso , por tentativa de homicídio contra autoridade policial e adulteração de sinal automotor.