Quem são os organizadores de manifestações em MS, segundo a Sejusp 4u6b57
Sete pessoas e sete empresas foram identificados pelo serviço de inteligência da secretaria; todos negam ser liderança dos atos a 4t2n22
Uma lista com os nomes dos organizadores e das empresas que estão financiando os atos antidemocráticos em Mato Grosso do Sul foi entregue ao Supremo Tribunal Federal. O levantamento foi feito pelo serviço de inteligência da Sejup (Secretaria Estadual de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) a pedido do ministro Alexandre de Moraes.

No documento, sete pessoas foram citadas como organizadoras dos atos que começaram nas rodovias, mas agora estão concentrados em frente de quartéis do Exército Brasileiro por todo o Estado. Entre eles estão ex-prefeito, médica, jornalista e pessoas ligadas a agropecuária.
Veja quem foi citado como organizador:
- Médica: Sirlei Faustino Ratier;
- Política e jornalista: Juliana Gaioso Pontes;
- Empresário: Júlio Augusto Gomes Nunes;
- Ex-prefeito de Costa Rica (MS): Waldeli dos Santos;
- Pecuarista: Rene Miranda Alves;
- Pecuarista: Renato Nascimento Oliveira;
- Agricultor: Germano Francisco Bellan.
Outras sete empresas aparecem como financiadoras das manifestações. Confira os nomes citados pelo serviço de inteligência.
Veja as empresas citadas como financiadoras dos atos:
- Transfutura Transportes de Bovinos;
- NC Transportes LTDA;
- Marquete Transportes;
- São Judas Tadeu Transporte de Bovinos LTDA;
- Ativa Locação LTDA;
- Aço & Aço LTDA;
- Concrelaje
Além das empresas e os organizadores, cerca de 151 veículos foram fichados: carros de eio, caminhonetes e caminhões, um desses do tipo trio elétrico. O documento foram enviados ao Supremo Tribunal Federal no dia 9 de setembro deste ano e também possuem informações pela Polícias Rodoviárias Estadual e Federal, que acompanharam os atos em rodovias do Estado.
Em Campo Grande, capital do Estado, aos manifestantes estão concentrados em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste) desde o dia 30 de outubro. Uma estrutura digna de grandes eventos foi montado por eleitores que dizem não aceitar a vitória de Lula (PT) nas urnas. Tentas para proteção do sol e da chuva, barracas, banheiros químicos e até uma churrasqueira, foram instalados nos canteiros centrais de uma das principais avenidas da cidade, a Duque de Caxias.
Diariamente, os manifestantes tocam hino nacional e soltam fogos, além de parar os veículos nos canteiros centrais e nas calçadas da via. A movimentação no local já foi alvo até de pedido formal por providências feito pelos moradores da região, cansados do barulho excessivo e dos prejuízos no trânsito, que por causa dos carros estacionados e do grande número de pessoas, deixa o fluxo lento.
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O que dizem os citados 144d26
A médica e ex-candidata a deputada federal por Mato Grosso do Sul, Sirlei Faustino Ratier, negou ser uma das organizadora do movimento. Porém, nos documentos anexados pela Sejusp e enviados ao STF, ela é apontado como principal peça de mobilização dos manifestantes que estão em frente do CMO (Comando Militar o Oeste) em Campo Grande.
“Esse é um movimento espontâneo do povo, que está ocorrendo em frente aos quartéis em todo o território nacional e não tem líderes, ou organizadores. Sou totalmente favorável ao movimento, mas não sou organizadora”, disse Sirlei.
A jornalista e política, Juliana Gaioso Pontes, também aparece na lista e para a reportagem relatou que esteve nos atos bolsonaristas apenas para a produção de um documentário. “Eu não sou liderança dos movimentos. A minha participação nos atos se dá como jornalista fazendo a cobertura dos eventos para a produção de um documentário. Me coloco a disposição para qualquer esclarecimento e continuarei desempenhando o meu direito constitucional de exercer o jornalismo”.
O ex-prefeito de Costa Rica – a 375 quilômetros de Campo Grande – Waldeli dos Santos, também citado como liderança nos atos, afirmou que já é investigado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul sobre atos antidemocráticos no município. “Foi constatado que não houve participação em bloqueio de rodovia em Costa Rica. O que tenho conhecimento”.
O agricultor Germano Francisco Bellan comentou que participou dos atos antidemocráticos em frente ao CMO, mas também nega o envolvimento como organizador. “Um dia fiz um convite aos agricultores a participarem do evento. Eu tenho apenas essas participações. Não sou liderança, não sou organizador de coisa nenhuma”.
O pecuarista Renato Nascimento Oliveira foi procurado, mas não se manifestou. O empresário Júlio Augusto Gomes Nunes não respondeu aos questionamentos e Rene Miranda Alves, não foi encontrado pela equipe de reportagem até o momento.
Já entre as empresas citadas, apenas a Transfutura Transportes de Bovinos atendeu as ligações. O proprietário, no entanto, disse não querer comentar o caso.