Preso em Campo Grande, Ronnie Lessa é alvo de operação do RJ contra o jogo do bicho 256q3l

Entre os envolvidos no esquema, estão policiais civis e militares 5l50q

Preso na Penitenciária Federal de Campo Grande pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, o ex-policial Ronnie Lessa foi alvo de nova operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), no Rio de Janeiro. Desta vez, a polícia caça um grupo criminoso responsável por comandar o jogo do bicho em diversos estados. Policiais, civis e militares, e até delegados, são investigados na ação.

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Dinheiro apreendida na casa da delegada, uma dos alvos da ação (Foto: Divulgação)

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Denominada Calígula, a operação tem como principal alvo Rogério Costa de Andrade Silva, conhecido como Rogério de Andrade, e seu filho Gustavo de Andrade. Juntos, são apontados como os líderes do grupo criminoso responsável por instalar casas de jogos clandestinas e ordenarem homicídios na cidade. Esquema parecido com o revelado em Mato Grosso do Sul pela força-tarefa da Operação Omertà.

Entre os integrantes do grupo, estão delegados, policiais civis e policiais militares da cidade, além do ex-policial Ronnie Lessa. Ao todo, 30 pessoas são alvo da força-tarefa pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção iva e lavagem de dinheiro. Foram expedidos ainda 29 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão, inclusive em quatro bingos comandados pelos criminosos.

Durante as buscas desta manhã, as equipes apreenderam oito celulares, um notebook, um HD, um pen drive e R$ 1,2 milhão em dinheiro. O valor estava escondido na casa da delegada Adriana Belém, também alvo de busca e apreensão. Ela não chegou a ser detida, mas deve prestar esclarecimentos. Até o momento, onze pessoas estão presas.

Segundo narram as denúncias oferecidas pelo Ministério Público, Rogério de Andrade e o filho comandam uma estrutura criminosa organizada, voltada à exploração de jogos de azar no Tio de Janeiro e diversos outros Estados. A investigação revelou que há décadas o grupo exerce o domínio de diversos locais, baseando as ações em dois pilares: a habitual e permanente corrupção de agentes públicos e a violência contra concorrentes e inimigos.

Ainda segundo os promotores, a organização estabeleceu acertos de corrupção estáveis com agentes públicos integrantes de diversas esferas do Estado, principalmente ligados à Segurança Pública (Polícia Civil e Polícia Militar do Rio de Janeiro). Nesta esfera, os policiais civis mantinham contatos permanentes com outros policiais corruptos, pactuando o pagamento de propinas em troca de interesses do grupo liderado por Rogério.

Os militares, por outro lado, serviam de elo entre a organização e Batalhões de Polícia, que recebiam valores mensais para permitir o livre funcionamento das casas de aposta do grupo.

Em um destes episódios, o delegado de Polícia Marcos Cipriano intermediou encontro entre Ronnie Lessa, a colega Adriana Cardoso Belém, então delegada de Polícia titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), e o inspetor de polícia, Jorge Luiz Camillo Alves, que seria braço direito de Adriana. Na data, os criminosos firmaram um acordo para retirar caminhões com quase 80 máquinas caça-níquel que haviam sido apreendidas em casa de apostas de Rogério. Foi ele, segundo a polícia, quem pagou a propina.

Na mesma linha de atuação, foi denunciado como integrante do grupo o policial civil aposentado Amaury Lopes Júnior, elo dos criminosos com diversas delegacias. Outro policial foi denunciado como receptor de propinas, Vinícius de Lima Gomez. Segundo o Ministério Público, ele agia em favor de integrantes do alto escalão da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

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A parceria entre Rogério de Andrade e Ronnie Lessa para a prática de ações criminosas é antiga. Os indícios apontam que desde 2009 os dois homens trabalham juntos.

Na época, Ronnie era segurança de Rogério e perdeu uma perna em atentado à bomba que explodiu seu carro. Em 2018, ano da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, os dois denunciados se reaproximaram, e Rogério novamente se aliou a Ronnie para abrir uma casa de apostas na região conhecida como Quebra-Mar, na Barra da Tijuca.

O bingo financiado por Rogério, e istrado por Ronnie, Gustavo de Andrade e outros comparsas, foi fechado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro no dia de sua inauguração. Em seguida, após ajustes de corrupção com policiais civis e militares, a mesma casa foi reaberta, e as máquinas apreendidas foram liberadas.

Durante as apurações, foram encontrados elementos que indicam a previsão de inauguração de outras casas na Zona Oeste do Rio.

Ronnie está em Campo Grande desde dezembro de 2020, em uma cela padrão, individual, de aproximadamente 7m2, com cama, banco, escrivaninha, prateleiras, vaso, pia e chuveiro, que fica a ala de presos protegidos pela justiça, pois foi policial. Ele já foi condenado por destruição de provas e espera data do o júri popular pelo homicídio de Marielle e Anderson.

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