Policial civil de MS preso por tráfico em viatura tem patrimônio de rico 3y4h21
Anderson César dos Santos Gomes é um dos acusados de promover frete seguro, transportando cocaína dentro de viaturas em conluio com traficantes 2q316i
Investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de Mato Grosso do Sul aponta que o policial civil Anderson César dos Santos Gomes, 47 anos, preso na operação Snow, ostenta volumoso patrimônio, incompatível com a renda oficial.

Conforme os autos da operação, o agente mora em casa avaliada em R$ 2 milhões, com a esposa e a filha. O imóvel fica em bairro na região nobre de Ponta Porã, a 295 quilômetros de Campo Grande.
Além disso, tem uma caminhonete VW Amarok avaliada em mais de R$ 150 mil. Sua companheira é uma professora da Rede Estadual de Ensino, com salário de R$ 2,3 mil. Mesmo assim, possui um Jeep Com Limited modelo 2023 avaliado em R$ 246 mil.
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A filha do casal, professora na mesma rede, tem dois carros em seu nome: um Gol de R$ 25 mil e um Toyota Corolla de R$ 83 mil. Todos os valores são embasados na tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Para o Gaeco, o policial “apresenta patrimônio milionário e totalmente incompatível com sua remuneração, advindo de atividades ilícitas, especialmente a traficância em larga escala e de grandes quantidades”.
Consulta ao Portal da Transparência aponta que o vencimento líquido de Anderson é de R$ 8,7 mil e a renda bruta é de R$ 11 mil.
Investigação 4k5f44
Anderson e Hugo César Benites, 49 anos, também policial civil, são acusados de promover um “frete seguro”, transportando cocaína dentro de viaturas em conluio com traficantes que atuam na fronteira com o Paraguai. (assista ao vídeo abaixo)
Ainda segundo os autos, no dia 12 de maio de 2023, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) aprendeu 330 quilos de cocaína e pasta base. Para as autoridades, trata-se do material que foi transportado no carro policial para Campo Grande.
Além do uso do veículo comprado com dinheiro público para combater o crime, o Gaeco identificou fortes indícios de que a carga foi desviada da polícia. Seria parte de uma quantidade grande de entorpecentes colocados para incineração na época, como ato final das ações para tirar as mercadorias de circulação.

Presos preventivamente desde 26 de março, quando a operação Snow foi às ruas, os dois policiais respondem por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Também foram afastados da corporação, por ordem judicial, e respondem à sindicância da Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Estão custodiados na 3ª Delegacia de Polícia Civil em Campo Grande, carceragem específicas para integrantes da corporação envolvidos com a criminalidade.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) já ofereceu denúncia contra eles e mais 19 pessoas envolvidas no esquema.
Anderson já havia sido preso em setembro do ano ado com uma carga de cocaína avaliada em R$ 40 milhões, igualmente transportada em carro oficial da Polícia Civil. Hugo já foi alvo de investigação do Gaeco há alguns anos e atualmente responde a ação penal na Comarca de Fátima do Sul.
A palavra da defesa 10y40
“O processo tramita em segredo de justiça e está ainda em fase inicial, com recente oferecimento de denúncia, de modo que os fatos ainda precisam ser esclarecidos no decorrer da instrução da ação penal. Porém, não constam das investigações até agora adas pela defesa, elementos que indiquem que o conteúdo visto nas imagens sendo descarregado, seja droga ou qualquer outra coisa ilícita, tratando de hipótese que os investigadores levantaram. Cabe mencionar que a defesa, ainda, não teve o à integralidade do material produzido na investigação, não podendo, diante do segredo de justiça, fornecer maiores detalhes.”
Jail Azambuja, advogado do policial civil Anderson
“O processo criminal do policial civil Hugo é sigiloso. Portanto, a sua defesa técnica atesta apenas que a sua inocência já está sendo demonstrada no processo e, ainda, que o pedido de liberdade realizado se encontra aguardando decisão do Juízo.”
Carolina Gevaerd, advogada do policial civil Hugo