Polícia investiga médico por estupro de vulnerável contra adolescente morta 5w3922
Delegado afirma que laudo descarta versão de suicídio e confirma que disparo foi feito na nuca. Suspeito e vítima estavam sozinhos no carro. j363j
A Polícia Civil de Guarantã do Norte investiga se o relacionamento entre o médico Bruno Felisberto, de 29 anos, e a adolescente Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, pode configurar estupro de vulnerável. (Veja o vídeo do momento da prisão)

A jovem foi morta com um tiro na cabeça na madrugada de sábado (3), e o suspeito se apresentou à polícia dois dias depois, na segunda-feira (5), acompanhado de um advogado.
De acordo com o delegado Waner dos Santos Neves, será apurado desde quando o relacionamento começou.
“Se ela tem menos de 14 anos e quando eu digo menos de 14, é 13 anos, 11 meses e 30 dias seria estupro de vulnerável. Se tem mais de 14, não se enquadraria nesse crime”, afirmou.
Kethlyn completou 15 anos em 31 de março. Segundo o delegado, a investigação também deve analisar a forma como os dois se conheceram, a convivência e possíveis mensagens trocadas ao longo do tempo.
Além disso, o delegado declarou que o laudo pericial já realizado contradiz a versão apresentada pela defesa, de que a adolescente teria tirado a própria vida.

“O laudo é muito claro em afirmar que foi um tiro na região da nuca e transfixou da direita para a esquerda. No meu modo de entender, isso é incompatível com essa versão apresentada aí por ele, por um irmão dele”, disse.
Segundo ele, Bruno teria enviado um áudio ao irmão relatando que Kethlyn teria atirado contra si mesma, versão que foi reada à polícia.
A perícia ainda apontou que o disparo aconteceu dentro de um veículo, onde estavam apenas o médico e a vítima. “Nós sabemos o local do homicídio. Estava dentro do veículo. Os dois estavam dentro do carro e, preliminarmente, ele teria atirado contra ela”, declarou Waner.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostrando o suspeito manuseando uma arma também foi analisado pela Polícia Civil. O delegado esclareceu que a gravação é antiga. “Vamos esclarecer isso de uma vez: aquele vídeo que está rolando nas redes sociais com ele com uma arma de fogo não seria do dia do fato. Aquele vídeo seria antigo”, afirmou.
A Polícia também apura o intervalo entre o disparo e o acionamento das autoridades. “O hospital sempre tem que relatar. Foi relatado. Agora, esse período de tempo que se ou, a gente vai ter que apurar para verificar com precisão. Eu assumi a ocorrência por volta das 6h da manhã”, pontuou.
Bruno Felisberto foi ouvido formalmente na delegacia e o caso segue sob investigação, com parte das informações mantidas sob sigilo.