Polícia flagra posto vendendo etanol com água e gasolina adulterada, e prende gerente 36t5b

A Polícia Civil flagrou nessa quarta-feira (9) um posto de combustíveis no bairro Ponte Nova, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, vendendo etanol com água em sua composição, e praticando mistura de 70% de etanol na gasolina – sendo que o máximo permitido é de 27%. O gerente do estabelecimento foi preso em flagrante.

A polícia constatou ainda que o posto, que fica no loteamento Construmat, usava uma bandeira de representante falsa, ou seja, há indícios de que o local seja usado por “laranjas” – pessoas que assumem um negócio para proteger alguém que está por trás das transações, normalmente ilícitas.

O flagrante foi feito por policiais da Decon (Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor) e fiscais da ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Etanol e gasolina adulterados 45v3p

As equipes analisaram o etanol vendido pelo posto e constataram indícios de adulteração pela adição de 1% a mais de água, além do que é permitido pela legislação. Conforme a Resolução 19/2015, da ANP, o limite máximo de água no etanol é de 7,5%, mas o posto estava comercializando o produto com 8,5% de água.

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No estabelecimento, os policiais e fiscais analisaram a gasolina comum, armazenada em dois tanques, e verificaram que no primeiro tanque a gasolina apresentava 60% de etanol na sua composição, enquanto que no segundo reservatório, a gasolina comum tinha 70% de etanol em sua composição.

A Resolução 807/2020, da ANP, determina que a gasolina deve ter 27% de etanol combustível na sua composição, sendo que a venda do produto fora das especificações legais lesa o consumidor que opta por abastecer com gasolina, que é mais cara que o etanol e rende mais, além de causar o desgaste prematuro de peças e problemas mecânicos no automóvel.

Gerente preso 1w2h5h

O gerente do posto foi preso em flagrante e levado à Delegacia do Consumidor, em Cuiabá. Ele vai responder por crime contra a ordem econômica, com pena de até cinco anos de prisão e multa.

Na delegacia, o gerente declarou que trabalha no posto há aproximadamente quatro anos, mas, mesmo assim, não sabe dizer o endereço e nem o telefone do dono da empresa.

Ele acrescentou que quase não encontra o proprietário e que entrega os valores obtidos com a venda de combustíveis para um homem conhecido apenas por “Negão”.

Contudo, declarou que também não sabe informar o nome completo, endereço ou o número de telefone dessa pessoa, levando a Polícia Civil a acreditar que o posto de combustível possa estar em nome de um “laranja”.

Multa milionária 28q5f

Os fiscais da ANP ainda localizaram um tanque oculto no posto. Três tanques foram lacrados e a empresa foi autuada por cinco motivos – entre eles, combustível em desconformidade com as especificações legais e a ostentação de bandeira não cadastrada na agência reguladora, com multa que pode chegar aos R$ 5 milhões.