Polícia faz operação contra servidores fantasmas do Hospital Municipal de Cuiabá 2f2i45
Seis servidores fantasmas teriam sido contratados e recebido salários e valores referentes a prêmio saúde destinado à função de médico 4sd55
A Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (3) contra um suposto esquema de contratação de servidores fantasmas no HMC (Hospital Municipal de Cuiabá). Eles teriam recebido valores do município como se estivessem atuando como médicos. A ação faz parte da Operação Chacal.

Seis servidores fantasmas teriam sido contratados e recebido salários e valores referentes a prêmio saúde destinado à função de médico. No entanto, as pessoas sequer eram formados em medicina ou tinham registro no CRM (Conselho Regional de Medicina).
A operação cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde e das pessoas suspeitas de receberem valores do município como se estivessem atuando como médicos.
A princípio, os suspeitos responderão pelos crimes de peculato, associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema.
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A investigação da Deccor (Delegacia Especializada de Combate a Corrupção) teve início em 2021 e constatou que servidores da Secretaria de Saúde de Cuiabá, valendo-se de contratações diretas ocorridas no período da pandemia de covid-19, aram a cadastrar no sistema interno de issão da Pasta servidores fantasmas como se estivessem exercendo as funções de médicos.
A apuração continua para identificar a participação de demais servidores públicos municipais e “médicos fantasmas” no esquema.

O que diz a Prefeitura de Cuiabá b3b29
Por nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que “mantém-se à disposição das autoridades na apuração de qualquer irregularidade apontada, mantendo a lisura e a responsabilidade na istração pública” e que nenhuma ordem de busca foi realizada na sede da Pasta.
Secretaria alvo de operações 4i592a
Esta não é a primeira vez nos últimos meses que a Secretaria Municipal de Saúde é alvo de operação policial.
Em julho de 2021, a Polícia Federal deflagrou a Operação Curare, que desarticulou uma organização criminosa que fraudava contratações irregulares emergenciais para receber recursos públicos do Ministério da Saúde.
O grupo teria recebido mais de R$ 100 milhões a títulos de indenização em processos licitatórios. Nessa fase, o ex-secretário Luiz Antônio Possas foi preso, e 21 pessoas foram alvos de busca e apreensão.
A secretaria voltou a ser foi alvo da Polícia Federal em setembro de 2021 na Operação Colusão, que investigou fraude de R$ 1,9 milhão na compra de equipamentos hospitalares durante a pandemia. Além disso, as investigações apontaram que negócios estavam sendo feitos com uma empresa fantasma, que tinha como proprietário o próprio secretário Possas.
O próprio prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) aguarda julgamento no processo que apura denúncias feitas na Operação Capistrum, deflagrada pelo Ministério Público e Polícia Civil. Ele teria atuado pessoalmente no esquema de contratação de servidores temporários para o antigo Pronto Socorro. A operação foi em outubro de 2021, e afastou Emanuel do cargo por mais de 40 dias.