Polícia faz buscas na prefeitura em investigação de crimes contra ex-prefeito de Campo Grande g6yv
Investigadores da Deam cumprem mandado de busca e apreensão no gabinete onde Marquinhos Trad trabalhou até abril 3l2v3k
Equipes da Polícia Civil amanheceram na porta do Paço Municipal de Campo Grande nesta terça-feira (9), em busca de provas do envolvimento do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) em crimes sexuais denunciados por pelo menos 15 mulheres.

Investigadores da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e peritos foram até a sede do Executivo campo-grandense para cumprir mandado de busca e apreensão no antigo gabinete de Marquinhos, de 57 anos. Computadores e documentos são fiscalizados pelos policiais.
Enquanto os policiais ficaram no prédio, por cerca de três horas, funcionários que atuam no gabinete foram impedidos de entrar no Paço.
A ação desta manhã também é acompanhada pela defesa de Marquinhos, feita pela advogada Andrea Flores. Para ela, as buscas vão comprovar que o ex-prefeito nunca cometeu qualquer tipo de crime contra as denunciantes.
“Essa medida visa pegar os computadores do gabinete porque algumas meninas contaram que iam até lá e os crimes aconteciam no gabinete. Isso nos favorece enquanto prova, então para a defesa é produtivo. Era algo que nós pediríamos. Vamos provar, por exemplo, que meninas que dizem ter sido assediadas, agarradas dentro da prefeitura, nunca estiveram na prefeitura. Então essa prova para gente é excelente”, afirma.
Desde o mês ado, Marquinhos é alvo de um inquérito policial como suspeito de assédio sexual, tentativa de estupro, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual e importunação sexual. As investigações começaram com quatro possíveis vítimas, mas hoje 15 mulheres já foram até a polícia para relatar crimes cometidos pelo ex-prefeito.
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Confira movimentação policial no local: 3m721p
As vítimas relatam ter mantido relações sexuais com o ex-prefeito em troca de dinheiro e promessa de vantagens como emprego público. Para a polícia, as mulheres contaram ter ficado com Marquinhos inclusive dentro do gabinete dele no Paço Municipal.
Essa não é a primeira vez que o ex-prefeito tem o nome envolvido em escândalos sexuais. Em 2018 o assédio a uma adolescente de 17 anos foi alvo de investigação pela Polícia Civil. Na época, a vítima era funcionária do Instituto Mirim. O caso foi concluído e relatado à Justiça, onde foi arquivada por falta de provas.
As buscas foram autorizadas pela juíza Eucélia Moreira Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal. Anteriormente, havia sido feito pedido de medida protetiva para três mulheres, na 3 Vara de Vara de Violência Doméstica e Familiar, em Campo Grande, e ela entendeu não ser caso de aplicação da Lei Maria da Penha.
Os autos foram, então, redistribuídos para a 3ª Vara Criminal, que agora autorizou as buscas na prefeitura, local onde os crimes denunciados teriam ocorrido. A juíza responsável vai cuidar de todos os processos relativos ao caso.
Ex-prefeito ainda não foi ouvido 2k40l
A delegada responsável pela investigação disse que Marquinhos Trad ainda não foi ouvido no inquérito. Maira Machado afirmou que a apuração segue na fase de depoimentos de testemunhas e que outras perícias técnicas estão em andamento.
Em nota, a prefeitura de Campo Grande criticou a abordagem da Polícia Civil em horário de expediente.
“A istração Municipal defende a apuração urgente dos fatos e confia na Justiça, e principalmente que uma investigação séria e equilibrada não seja usada como arma para beneficiar quem quer que seja”, diz a comunicação enviada à imprensa.