Polícia diz que concurso tinha lista com aprovados 1 mês antes das provas 3n5f1
As informações constam na análise realizada no aparelho celular do investigado 3k4k48
O concurso público da Prefeitura de Mirassol d’Oeste, a 329 km de Cuiabá, realizado no ano ado por uma empresa sediada em Cuiabá, já teria uma lista previa com 35 nomes aprovados, um mês antes das provas. O esquema tinha um operador principal que está foragido, de acordo com investigação da Polícia Civil.

Na semana ada, a Polícia Civil cumpriu 80 ordens judiciais contra alvos investigados por fraude no concurso público. As vagas eram para cargos nas áreas de saúde, direito, educação, istração e serviços gerais, entre outras.
As informações constam na análise realizada no aparelho celular do investigado, apontado como operador do esquema criminoso, que teve prisão decretada e está foragido. O celular foi apreendido durante a investigação sobre o homicídio do advogado Francisco de Assis da Silva, proprietário do Grupo Fassil, em São José dos Quatro Marcos.
A vítima foi morta no dia 11 de outubro de 2021, na frente de seu escritório, por dois atiradores. A Polícia Civil reuniu evidências de que o suspeito foi o mandante do crime.
As investigações realizadas apontaram que no dia 21 de janeiro de 2022, antes mesmo da aplicação das provas do concurso, que ocorreu em fevereiro do ano ado, o operador do esquema já estava com a relação dos 35 aprovados. Mas as provas só seriam realizadas mais de um mês depois, em 27 de fevereiro.
Lista encontrada 3x2n4e
A lista encontrada no celular do investigado mostra os nomes dos candidatos ao concurso com a ordem de classificação dos cargos. Por exemplo, junto ao nome de um candidato ao cargo de Fiscal de Obras e Postura constava uma observação: “não precisa ser primeiro“.
Outra candidata ao cargo de enfermeira estava com uma observação ‘sexto’, enquanto que outra, para enfermeira em PSF, havia o lembrete ‘primeiro’. Junto aos nomes de outros três candidatos ‘aprovados’ para o cargo de odontólogo constavam as observações de ‘primeiro, segundo e terceiro’.
O esquema foi investigado na Operação Ápate, deflagrada pela Polícia Civil, na semana ada, para cumprimento de 84 ordens judiciais. Os investigados respondem por associação criminosa e fraude em concurso público.
Compra de vagas 2u63u
A investigação, conduzida pelas Delegacias de Mirassol d’Oeste e São José dos Quatro Marcos, reuniu evidências que mostram todo o esquema criado para fraudar vagas do concurso que ofertou 35 cargos em diferentes áreas da Prefeitura de Mirassol, que iam de auxiliar de limpeza a cargos de dentista, enfermeira e procurador.
A Polícia Civil identificou vários pagamentos pela compra de vagas por parte das pessoas que constavam na lista encontrada com o operador do esquema. O valor cobrado pelos responsáveis pelo esquema fraudulento foi de 10 vezes o salário, conforme o cargo. Houve compra para cargos nas áreas de odontologia, psicologia, enfermagem e educação.
Um dos ‘aprovados’ no concurso confessou o pagamento pela vaga. Ouvido em depoimento, ele declarou que ficou sabendo que uma pessoa estava vendendo vagas para o concurso da Prefeitura de Mirassol d’Oeste e manifestou interesse na vaga para ele e sua esposa.
Depois, foi procurado pelo operador do esquema que lhe garantiu que conseguiria aprovação a um cargo e pediu o valor de 10 salários, que pagou já no ato da tratativa, à vista, uma parte e a outra, do segundo cargo ficou acertada para depois. O interrogado foi orientado a fazer a prova do concurso, normalmente, e depois seria procurado para um novo gabarito que seria trocado pelo que foi preenchido no dia do concurso.
Operação 6b2s4y
A Polícia Civil cumpriu na Operação Ápate 82, de 84 mandados judiciais expedidos pela Justiça, entre prisões, buscas, bloqueio de bens e suspensões de atividades econômicas e de cargo.
Um dos alvos da operação, sócio da empresa realizadora do concurso, teve a prisão revogada pelo Tribunal de Justiça que manteve, contudo, a suspensão de todas as empresas ligadas a ele.
Concursos em andamento realizados pela empresa foram paralisados por diversas prefeituras em Mato Grosso e em Rondônia.