PM e caseiro são denunciados por assassinato de advogado em Cuiabá 1dh
Arma usada no crime foi uma pistola Glock adaptada para tiros em rajada; promotor diz que execução foi planejada e brutal 3d5q1n
O Ministério Público de Mato Grosso denunciou nesta quinta-feira (15) o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva pelo assassinato do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, ocorrido em julho do ano ado, em Cuiabá.
Ambos foram acusados por homicídio qualificado e outros crimes conexos, incluindo fraude processual e organização criminosa.

De acordo com a denúncia, Heron teria planejado o crime e fornecido a arma a Alex, que efetuou os disparos. O assassinato foi cometido em via pública, em frente ao escritório da vítima, no bairro Bosque da Saúde.
A arma usada era uma pistola Glock adaptada para disparos em rajada. A motivação estaria ligada a uma disputa judicial envolvendo interesses fundiários e financeiros.
O MP afirma que os réus monitoraram a rotina da vítima antes da execução. Após o crime, Alex teria tentado destruir provas ao queimar objetos utilizados na ação, além de trocar diversas vezes de telefone celular. A dupla também escondeu a motocicleta utilizada na fuga.
A denúncia ainda aponta que o crime foi cometido mediante promessa de recompensa, com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, e agravado pela idade avançada de Renato Nery. O PM Heron também foi denunciado por abuso de autoridade, por ter utilizado da função pública para facilitar o crime.
Mesma arma usada em execução policial 6e6f1x
A arma utilizada no assassinato do advogado também foi identificada em outro caso investigado pelo MP.
No dia 12 de julho de 2024, cinco dias após o crime, quatro policiais militares — entre eles um sargento, um cabo, um soldado e outro PM — mataram Walteir Lima Cabral e tentaram executar Pedro Elias Santos Silva e Jhuan Maxmiliano Matsuo Soma, no bairro Pedra 90, em Cuiabá. A perícia apontou que o armamento utilizado nessa ação é o mesmo do homicídio de Renato Nery.
Os PMs alegaram confronto armado, mas a investigação revelou que as vítimas estavam desarmadas e que a cena foi manipulada para simular troca de tiros. Os agentes também foram denunciados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, fraude processual e abuso de autoridade. Segundo o MP, os crimes foram praticados com objetivo de encobrir outras execuções.
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