PF vem a MS para caçar bens da família do “Escobar brasileiro” 5h3m2f
Major Carvalho lidera uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas marítimo, terrestre e aéreo para Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda e Alemanha x3q5g
Quem pensou que a prisão Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como Major Carvalho, colocaria fim as investigações contra um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil, se enganou. Nesta terça-feira (6), a Polícia Federal saiu as ruas para “caçar” bens adquiridos pela família do ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul com o dinheiro do tráfico internacional de drogas.

As investigações da Operação La Famiglia começaram em Curitiba, capital do Paraná, mas nesta manhã, os policiais estão em quadro cidades de São Paulo e Mato Grosso do Sul: São Paulo capital, São José do Rio Preto, Jaraguari e Campo Grande.
Segundo a PF, as investigações identificaram a prática de lavagem de dinheiro através de negócios jurídicos fraudulentos e compra bens móveis e imóveis, principalmente fazendas. Tudo, segundo apurado, era adquirido com o lucro do tráfico internacional de drogas.
Os envolvidos no esquema investiam o dinheiro ilícito na pecuária e assim “convertiam” os valores em rende lícita. Os alvos da operação fazem parte do núcleo familiar de Major Carvalho e tiveram imóveis avaliados em aproximadamente R$ 8 milhões sequestrados pela justiça nesta terça-feira.
Além disso, nove endereços ligados a “família criminosa” são vistoriados por ordem de mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Jaraguari e nas duas cidades paulistas.
Major Carvalho é conhecido como “Escobar brasileiro” em referência ao narcotraficante Pablo Escobar e foi preso em junho na Hungria, após ar anos foragido e tentar até forjar a própria morte. Ele é apontado pela polícia brasileira, espanhola e portuguesa como um dos principais nomes no tráfico de cocaína para a Europa.
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O esquema de Carvalho 4i281r
Carvalho lidera hoje uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas marítimo, terrestre e aéreo para Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda e Alemanha. A Polícia Federal apontam que o ex-major é quem gerencia as grandes remessas enviadas a Europa e cuida tanto do contato com os fornecedores, como do recebimento seguro das cargas.
Além de istrar o envio da cocaína pelos portos brasileiros, também está envolvido na aquisição de embarcações pesqueiras, aeronaves, criação fictícia de empresa em nome de terceiros e com uso de documentos falsos.
Para a polícia, o ex-policial militar controla, pelo menos, seis organizações criminosas que atuam em diversas regiões do Brasil.

Escobar brasileiro na Europa 5an7
O ex-policial sul-mato-grossense chegou a ser condenado a 13 anos por tráfico na Espanha. Antes disso, viveu por anos no exterior sob a identidade de Paul Wouter. Além do nome falso, se ou por um grande investidor e chegou a comprar uma empresa imobiliária em Portugal para legalizar seus negócios no país, assim como o esquema revelado pela operação desta terça-feira (6).
Chegou a forjar a própria morte com um atestado falso assinado por um médico de Málaga. Mas a farsa foi descoberta pela Polícia Federal brasileira. A defesa dele, no entanto, sempre reforçou sua morte e pediu até a extinção dos processos contra ele na justiça brasileira. Não deu certo.
Em 2020, a Operação Enterprise foi a diversos estados brasileiros e ao exterior para combater um conglomerado de organizações criminosas envolvidas ao tráfico internacional de drogas liderado por Carvalho. A ação desta terça-feira é uma continuação das investigações de dois anos atrás.
Segundo a PF, os investigados da Operação La Famiglia responderão por lavagem de dinheiro, crime com penas que podem variar de 3 a 10 anos para cada ação perpetrada.