Perícia da PF confirma que restos mortais são de Dom Phillips 4i6m3x
PF não acredita que houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime. 2o1s38
A PF (Polícia Federal) confirmou que os restos mortais encontrados na Amazônia na última quarta-feira (15) são do jornalista inglês Dom Phillips. O resultado foi obtido a partir da análise da arcada dentária. A perícia deve confirmar ainda nesta sexta-feira (17) a identificação dos outros restos mortais, se são ou não do indigenista Bruno Araújo Pereira.

O anúncio da localização de “remanescentes humanos” foi feito pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, por uma rede social, no início da noite de quarta-feira (15).
Dom e Bruno estavam desaparecidos desde 5 de junho, enquanto faziam uma viagem na terra indígena do Vale do Javari (AM). Duas pessoas foram presas por envolvimento no crime. O material chegou para análise no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, na noite de quinta-feira (16).
Confissão 6q3f2l
Em entrevista coletiva na quarta-feira, o superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Fontes, afirmou que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, confessou envolvimento no assassinato de Pereira e Phillips.
As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados e enterrados. O irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, também está preso suspeito de participação no caso. Outras três pessoas também são investigadas.
No dia seguinte, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de um dos suspeitos de envolvimento no crime, em Atalaia do Norte.
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Motivação 212c4g
A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal e tráfico de drogas na região. Segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: desmatamento e avanço do garimpo.
Em nota, a PF também informou que as investigações apontam que não houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime. Segundo o texto, a apuração continua e novas prisões podem ocorrer, mas o inquérito aponta “que os executores agiram sozinhos”.
Amarildo está detido desde 7 de junho. Segundo a polícia, ele foi visto por ribeirinhos, no dia do desaparecimento, em uma lancha logo atrás da embarcação de Pereira e Phillips. Os agentes encontraram vestígios de sangue no barco do suspeito, que vinha negando ter qualquer relação com o caso. Já Oseney, o “Dos Santos”, foi preso temporariamente na terça-feira (14).
Além de confessar participação nos crimes, Amarildo também indicou onde afundou a embarcação que era usada por Bruno e Dom. O restos mortais foram achados a cerca de 3,1 km de distância de onde itens pessoais do indigenista e do jornalista, como cartão de saúde e notebook, haviam sido encontrados dias atrás.
Desaparecimento 111c3t
Antes de sumir, Pereira, que era servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio), e Phillips foram vistos pela última vez na comunidade São Rafael em uma viagem com duração prevista de duas horas rumo a Atalaia do Norte, mas eles não chegaram ao destino.
Logo após o desaparecimento, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) afirmou que Pereira recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores. Em nota divulgada na ocasião, a entidade descreveu Pereira como “experiente e profundo conhecedor da região, pois foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”.
Segundo o jornal britânico “The Guardian”, do qual Phillips era colaborador, o repórter estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente. Ele morava em Salvador e escrevia reportagens sobre o Brasil fazia mais de 15 anos. Também publicou em veículos como “Washington Post”, “The New York Times” e “Financial Times”.