Grampolândia Pantaneira: ex-governador de MT é indiciado pela Polícia Civil 83y35
A Polícia Civil indiciou nesta terça-feira (27) o ex-governador Pedro Taques por denunciação caluniosa e obstrução da justiça. A ação ocorreu por meio da Força-Tarefa que apura as escutas ilegais em Mato Grosso que ficou conhecida como “Grampolândia Pantaneira”.

O inquérito foi aberto a pedido da 14ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, pois haveria indícios de autoria e prova da materialidade do crime. Isso porque Taques deu causa à abertura de um Procedimento istrativo e Criminal contra o promotor de Justiça Mauro Zaque, que denunciou o esquema criminoso das interceptações telefônicas ilegais.
O relatório final do inquérito encaminhado à Justiça indiciou o ex-governador por denunciação caluniosa e obstrução da justiça.
As investigações sobre as escutas ilegais foram desmembradas em sete inquéritos policiais conduzidos pela Força-Tarefa, coordenada pela delegada Ana Cristina Feldner e composta pelos delegados Renato Resende e Romildo Nogueira.
Outro lado 1o5c4
Ao Primeira Página, Pedro Taques afirma ser inocente e que espera ser ouvido pelo juiz. “Expresso meu respeito à Polícia Civil, mas confio no Poder Judiciário”.
Na defesa, apresentada por ele durante as investigações, o ex-governador argumenta que “por 15 meses o Sr. Mauro Zaque manteve-se inerte e silente sobre aquilo que detinha conhecimento. Destaque para o fato de que esta inércia (…) ocorreu em dois períodos, quais sejam: entre 05/10 a 31/12/2015, como Secretário de Estado, e entre Janeiro/2016 a Janeiro/2017, como Promotor de Justiça”.
Ainda no documento, Taques defende que em 2017 entendeu pela necessidade da representação “em desfavor do Sr. Mauro Zaque, não havendo que se falar, assim, que o representou sabendo ser inocente”.
O ex-governador destacou que um dia após a Quarta-feira de Cinzas, em fevereiro de 2020, há 2 anos e 7 meses, falou em depoimento representando contra o promotor Mauro Zaque, mas que nada foi feito até hoje. Ele pontuou ainda que na petição movida por ele, existem várias perguntas e nenhuma foi respondida nem pela Polícia Civil ou pelo Ministério Público Estadual.