Paraguai caça comparsas que ajudam Pavão a comandar tráfico mesmo preso 281v8
A descoberta levou a Polícia Paraguaia e a Polícia Federal brasileira as ruas nesta segunda-feira; são cumpridos 32 mandados de prisão e 30 de busca 5k266f
Depois de anos preso, Jarvis Chimenes Pavão, conhecido como um dos barões do tráfico na fronteira, volta a ser alvo de operação policial na fronteira do Brasil com o Paraguai. Após a descoberta de que ele continua comandando o tráfico de cocaína entre os dois países de dentro de um presídio federal, mais de 30 endereços ligados ao narcotraficante são alvo de busca e apreensão nesta segunda-feira (10) .
A operação, chamada de “Pavo Real” (pavão em espanhol), é para prender 32 pessoas ligadas ao traficante e visita ainda onze empresas ligadas à organização criminosa liderada por ele. Todos os endereços estão em cidades paraguaias.
Segundo informações divulgadas pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), Pavão é um dos grandes nomes do tráfico na fronteira do país com o Brasil e mantém relação estreita com uma facção brasileiro paulista, com forte influência em Mato Grosso do Sul.
Trajetória 2n565w
O nome de Jarvis começa a aparecer no mundo do crime em 1994. Anos depois, para fugir da justiça brasileira, ele se estabelece no Paraguai, mais precisamente em Pedro Juan Caballero, onde fortalece o esquema de tráfico. Ao longo dos anos, foi alvo de diversas operações, mas só em 2009 finalmente é preso pela polícia paraguaia.
Pavão ficou alguns anos no país vizinho, mas uma condenação de 17 anos por tráfico na justiça do Rio Grande do Sul, fez com que ele fosse extraditado para o Brasil em 2017. Naquele ano, foi enviado para o Presídio Federal de Mossoró, e desde permanece sob custódia da Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

Agora, a ação conjunta entre Senad e Polícia Federal aponta que mesmo dentro de um presídio federal Pavão – além de acumular novas condenações por tráfico – continua comandado o tráfico de cocaína e a distribuição da droga no Rio Grande do Sul. Conforme apuração do Primeira Página, até dezembro do ano ado, o narcotraficante estava no Penitenciária Federal de Brasília.
Nesse tempo detido, ele também fortaleceu o esquema de lavagem de dinheiro em nome de pessoas físicas e jurídicas.
Isso acontecia atrás da aquisição de imóveis, que eram istrados por “testas de ferro”; advogados e contadores que são alvos da operação nesta segunda-feira. Até o momento, quatro nomes foram divulgados – o advogado Adrian Rolando Brizuela, Carlos Oleñik Menmel, Daniel Montenegro Menesez, marido da promotora paraguaia Kátia Uemura e a contadora Gabriela Esther González Jacquet.
Ainda conforme a polícia, a prova dos crimes está em um manuscrito encontrado na cela de Pavão, no qual constava uma lista de imóveis. Os endereços eram os mesmos encontrados na relação de bens extraída do computador de Luan Pavão, filho do criminoso.


Jarvis foi apontado como empresário em diversas áreas, desde hotéis a concessionárias de automóveis e principalmente do setor pecuário. Parte dos imóveis estão na lista de busca e apreensão – como o Hotel Frontera e a Cerâmica Itapopo – e por isso a polícia calcula que a operação cause um prejuízo de 150 milhões de dólares a organização de Pavão.
Tiro contra a polícia n4v1h
Conforme informações preliminares, durante o cumprimento do mandado de prisão contra Daniel Montenegro Menesez, marido da promotora Kátia, teria atirado contra a equipe policial. Ninguém ficou ferido.
