Para avó, não há dúvidas de que Sophia sofreu estupro antes da morte 32501w
A menina chegou morta na unidade de saúde na noite dessa quinta-feira; no corpo da pequena, hematomas e sinais claros de abuso sexual; o caso é investigado pela polícia e o autor está preso 6x603z
Os últimos momentos de vida de Sophia Ocampo foram reflexo de meses de violência e abusos, que só agora começam a ser descobertos pela polícia e pela própria família. Ao Primeira Página, a avó materna da menina, uma professora de 48 anos, contou que de longe, achava que a filha havia formado uma nova família e só no momento em que viu o corpo da criança, teve a real dimensão dos dores da neta, de 2 anos.

O corpo de Sophia carregava diversos hematomas, além de sinais visíveis de estupro. É o que conta a avó da menina:
“A enfermeira me chamou e falou que precisava me mostrar uma coisa, ela virou e me mostrou as costas da neném com vários hematomas. Ela também tirou a fraldinha dela e eu vi a situação, e ela me disse: você já entendeu a situação. Ali meu mundo desmoronou. Eu jamais ia imaginar que ia acontecer uma coisa dessa com a minha neta dentro de casa. A gente não espera jamais isso”.
Enquanto reúne forças para superar a morte prematura da neta, a mulher conta que não tem mais nenhuma dúvida do que aconteceu com Sophia. “Do jeito que estava ali tava impossível”.
Na manhã desta sexta-feira (27), a professora foi ao Conselho Tutelar e lá conversou com a equipe de reportagem. Nitidamente abalada, ela relembrou o a o do que aconteceu na quinta-feira (26): por mensagem, a filha avisou que Sophia não estava bem, vomitava muito e com dores. As duas combinaram de levar a pequena a uma unidade de saúde, mas antes que ela chegasse na casa da filha, foi avisada que a neta havia dormido.
“Eu ainda mandei ‘graças a deus’ que melhorou. ou um pouco mais tarde ela me mandou um áudio desesperada falando que estava indo para o posto porque ela tá muito mal. Eu falei pra ela ir de Uber porque eu moro longo. Quando estava chegando no posto para encontrar ela, no estacionamento ainda ela me mandou um áudio falando que a Sophia estava morta”.
O desespero foi ainda pior quando ela viu o corpo da neta. Depois de ser acalmada pelos policiais, a mulher foi ficar com a filha. “Fiquei com ela o tempo todo. Depois os policiais vieram falar comigo, me fazer perguntas e para a minha família também. A minha filha estava muda, ela não falava nada, só chorava”.
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Preso desde a madruga, Christian Campossano Leithein, de 25 anos, sempre teve uma relação complicada com a sogra. “Ele não gostava de trabalhar, ele ficava em casa, não para em emprego. A minha visão de mãe, sempre querendo o melhor pra filha”. Por isso, conta ela, as discussões com a filha, Stephanie de Jesus da Silva, eram frequente.
“Agressão eu nunca presenciei nada nesse sentido, eu estou estarrecida com o que aconteceu. Eu jamais imaginei, na minha frente era uma família normal. Eu só achava ele muito estranho, porque não gosta de trabalhar. Minha filha estudava, faltava só um ano para se formar em fisioterapia. Ela trabalha como vendedora e ele ficava em casa dependendo da minha filha”.
A morte de Sophia é investigada pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). O padrasto e a mãe dela estão presos e am por audiência de custódia nesta sexta-feira.