Pai invade escola de Campo Grande para impedir menina de 4 anos de abraçar o filho 4n452x
Pai de um menino, de 4 anos, se incomodou com carinho por parte de uma colega de sala do garoto, da mesma idade; segundo ele, o filho não gosta de abraços o1o65
Virou caso de polícia o abraço de uma menina de 4 anos em um colega da mesma idade na Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, no Universitário, em Campo Grande. É que o pai do garoto, incomodado com a situação, invadiu a escola, afastou a menina e ainda levou o menino embora.
Tudo aconteceu por volta das 7h de segunda-feira (11) e câmera de segurança registrou boa parte da cena.
De acordo com a Polícia Civil, o homem tem 32 anos e, para separar as crianças, ele empurrou a diretora, de 69 anos.
A cena 1a4u
O pedreiro chegou para deixar o filho, a criança entrou enquanto ele ficou do lado de fora observando. Foi quando a menina se aproximou e deu um abraço no coleguinha.
À polícia, o pai alegou que o filho tem fobia e não gosta que pessoas o abracem, pois chora a cada vez que isso ocorre. Ele também afirmou ter pedido para a monitora separasse os dois, o que não foi atendido.
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Em seguida, ele também teria pedido para a diretora, também sem ter o pedido atendido. Foi aí que, conforme a polícia, o pai entrou na unidade de ensino, empurrou a diretora e foi até as crianças afastá-las.
Ele pegou o filho e foi embora. Em depoimento, ele disse que se arrependeu logo depois, ao chegar na esquina, voltou à escola e foi até a sala da direção.
A diretora estava registrando o ocorrido em ata escolar. Ainda nervoso, ele teria dito ao filho que ‘se caso a menina ou qualquer outra criança se aproximasse dele, que ele poderia bater’, diz a polícia.
A Guarda Civil Metropolitana foi acionada e conduziu os envolvidos para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde foi lavrado um Termo Circunstancial de Ocorrência.
Imagens da câmera de segurança foram analisadas e testemunhas ouvidas.
O que diz a família da menina: 1b531w
A advogada Lione Balta explicou que as crianças possuem um convívio bom na escola.
“A menina é doce, carinhosa. Cumprimentou o coleguinha com um abraço e estava atrás dele, np momento em que o pai invade a escola, a diretora foi retirada à força. No depoimento ele ficou muito nervoso, porque o filho dele não gosta que abrace ele”.
Advogada da família da menina, Lione Balta
Na visão da família, existe um componente de racismo no ocorrido, já que a menina é negra.
Por ora, a polícia descartou indícios nesse sentido.
Tentativa de contato 4x3y50
A reportagem ligou para o telefone do pai do menino, que não retornou as ligações. A mãe dele disse que não tem notícias do filho desde ontem e, por enquanto, não tem nenhum advogado o representando.
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A palavra da Secretaria de Educação r3g4f
Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) repudiu qualquer ato de violência no ambiente escolar e informou que a comunidade escolar já conhecia o fato de o menino ter rejeição ao toque.
Veja a o texto:
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que os fatos aconteceram na manhã de ontem (11), na unidade mencionada. De acordo com o que foi apurado, o pai do menino estava no portão de fora da escola e aguardava o filho entrar na sala, quando observou que a colega abraçou a criança. O pai relatou que a criança não gosta de ser tocada por ninguém e que agiu no calor da emoção, vindo a empurrar a menina a fim de afastá-la de seu filho.
A professora confirmou que o menino não gosta de ser tocado e disse que o pai, ao ver a cena, entrou pelo portão e afastou a menina.
Ainda conforme a direção, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi acionada e acompanhou o caso, sendo que a diretora e o homem foram encaminhados à delegacia, onde o caso foi registrado e está sendo investigado pelas autoridades competentes.
As primeiras apurações, conforme relato do pai, indicam que não se trata de um caso de racismo. Sendo que o mesmo será investigado e tratado diretamente pelas autoridades competentes.
A Divisão de Acompanhamento Escolar (DAE) da Semed deu todo apoio à diretora da escola e às famílias das duas crianças, e está acompanhamento o caso.
É importante ressaltar que a Secretaria de Educação presta apoio e solidariedade aos alunos envolvidos e repudia todo e qualquer ato de violência de qualquer natureza e contribuirá com os órgãos competentes na apuração do caso.”
Comentários (3) 41643k
Sem palavras para tamanha desfastez por parte desse pai, terrível atitude,?????
Parece mais um problema com o pai do que com a própria criança. Engraçado que ninguém fala sobre a menina, que deve ter ficado assustada. Infelizmente um despreparo de todos em um mundo sem toques, apenas digital
Nunca tem indícios de racismo, por isso sempre nos deparamos com essas situações. Eu me machuco com essas situações mais, sou uma mulher negra que sempre fui amada por TDS a minha volta sem distinção da cor de pele,e isso me fortaleceu ao longo da vida. Ao ponto de ignorar com coisas iguais aconteceu na semana ada em Brasília, onde uma pessoa disfarçou e não entrou no elevador comigo. Fazer o que né!?
Mas minha mãe sofre com atitudes assim as quais ela ou durante a vida, e essa garotinha se não for muito bem preparada tbm carregará essa marca para sempre, ainda que não seja “racismo” mas agir com violência a uma demonstração de carinho é o cúmulo.