Pai de Sophia desabafa e questiona capacidade de novos conselheiros 4d5ym
Jean e o marido buscaram ajuda de conselho tutelar da região Norte por três vezes 3p5r4b
Pautas em alta em Campo Grande desde o ano ado, a criação dos conselhos tutelares e a posse dos conselheiros que vão atuar neles foram gatilhos para o pai da menina Sophia Ocampo, Jean Ocampo. Isso porque no triste caminho percorrido pela garotinha até a morte, em 26 de janeiro de 2023, houve episódio que, segundo ele, conselheiros foram negligentes.

Mensagem postada nas redes sociais por seu marido, Igor Andrade, foi compartilha por Jean. Nela eles expressam o descontentamento com a estrutura falha dos conselhos tutelares da Capital e da ausência de capacitação no atendimento ao caso que ajudou a culminar na morte da pequena.
“Queria saber desses 40 conselheiros quantos têm capacitação para exercer o cargo? Nossa filha Sophia só precisava que uma pessoa olhasse para ela e fizesse por ela e mesmo ninguém fez nada para tirar ela daquele lugar insalubre e sem amor”.
O comentário foi feito após a posse dos 40 conselheiros, eleitos no ano ado, na tarde desta quarta-feira (10). “Meu eterno repúdio a esse órgão que deveria funcionar, mas infelizmente só serve para cabide de emprego”, completa.

Em 2023 os conselhos tutelares estiveram com os holofotes sob eles e não por um bom motivo. A morte de Sophia acendeu discussão sobre a atuação das unidades e pontos que precisam ser reestruturados. Também veio à tona a necessidade de criação de três novos locais de atendimento.
Houve ordem judicial para isso, mas a Prefeitura de Campo Grande conseguiu por duas vezes paralisar a ação através de recurso. Porém, além da judicialização da questão, existe legislação para que a cada 100 mil habitantes existe um conselho tutelar.
Campo Grande funciona até hoje com cinco, mesmo beirando 1 milhão de habitantes. O Executivo se comprometeu a retirar as três novas unidades do papel em 90 dias. Os conselheiros que vão atuar neles já estão na leva de empossados.
Eram 25, agora são 40, elevando a abrangência no atendimento em 60%. Os 15 novatos devem iniciar expediente em outros conselhos até que os que vão os abrigar sejam de fato concluídos. Vale lembrar que todos am por treinamento.
Sem respaldo 3i2z4f
Ao todo Jean e Igor buscaram ajuda do conselho tutelar da região Norte por três vezes. A primeira em janeiro de 2022, exato um ano antes da morte da menina. Por lá tentou registrar a denúncia mostrando fotos de Sophia machucada e um áudio em que a avó materna, Delziene de Jesus, dizia que a casa da filha, Stephanie de Jesus, estava insalubre e que a neta vivia doente.
No conselho a orientação foi para que buscassem a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Após registro de boletim de ocorrência e abertura de ação judicial, que acabou por ser arquivada, foi orientada a buscar o conselho novamente.
Foi recebido, atendido. Equipe chegou a ir à casa de Stephanie e do padrasto da pequena, Christian Campoçano, mas não avaliaram ser local insalubre. A terceira ida ao conselho foi quando o cachorro da casa da ex-mulher morreu justamente por maus-tratos.
Estava em local insalubre e sem alimentação. Este caso, inclusive, é alvo de outra ação penal a qual os réus pela morte de Sophia respondem. Os conselheiros de novo foram até lá e não encontraram ninguém em casa.
Dias depois mãe e filha estiveram no conselho e novamente houve avaliação de que a menina não estava machucada. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu investigação contra a unidade. Stephanie e Christian estão presos desde 27 de janeiro ado pela morte da criança aos dois anos e sete meses.