Paciente fica em estado vegetativo durante cirurgia para retirar a vesícula 2z6t6x
Família do técnico de informática aponta erro médico e cobra explicações do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul 654n6z
Rodrigo Rezende de Miranda, de 34 anos, foi internado no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul para a retirada da vesícula e o procedimento, aparentemente simples, terminou de forma trágica. O rapaz deixou o centro cirúrgico em estado vegetativo e agora a família cobra explicações do hospital. A situação foi denunciada à Associação de Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul e virou até caso de polícia.

Conforme o presidente da associação, Valdemar Moraes de Souza, o paciente deu entrada no hospital, no dia 22 de outubro, com dores de estômago e vômitos. Na ocasião, exames apontaram que Rodrigo estava com pedras na vesícula e uma colecistectomia, como é chamada a cirurgia para a retirada do órgão, foi marcada para o dia 30 de outubro.
Os exames pré-operatórios indicaram que o rapaz estava em condições de ar pela cirurgia, mas durante o procedimento, intercorrências agravaram o quadro clínico do rapaz. Rodrigo sofreu 4 paradas respiratórias e foi encaminhado para o CTI (Centro de Terapia Intensiva) da unidade após 2h de procedimento.
Segundo o presidente da Associação de Vítimas de Erros Médicos, a equipe não esclareceu à família o que ocorreu, durante o procedimento. O hospital também estaria dificultando o o aos exames feitos em Rodrigo antes da cirurgia.
“Aos serem questionados, os médicos disseram à família que não sabiam dizer exatamente o que pode ter acontecido, mas, informou que provavelmente foi algo relacionado ao sobrepeso dele (Rodrigo) e a quantidade de anestesia aplicada”.
Waldemar dos Santos, presidente da Associação de Vítimas de Erro Médicos.
Rodrigo teve uma lesão no cérebro e deixou a sala de cirurgia, movimentando apenas os olhos. Ainda conforme o presidente da Associação o hospital já deu alta ao paciente, mas Rodrigo continua no hospital, pois a família alega que não tem condições de prestar ao paciente a assistência necessária. Os familiares cobram apoio do poder público e uma explicação do hospital.
Diante da situação a Associação denunciou o caso ao CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) e ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Nesta tarde, um boletim de ocorrência também foi registrado na Polícia Civil.
Em nota encaminhada à reportagem, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul apenas ressaltou que a unidade possui canais para denúncia e investigação deste tipo de ocorrência.
“O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) informa que possui canais específicos para denúncias desta natureza, sendo eles a Ouvidoria e o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC). Uma vez recebidas nos setores supracitados, essas denúncias são encaminhadas ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e órgãos competentes”.
Nota do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.