Operação Guaporé: PF não descarta envolvimento das FARC em refino de cocaína 5n6150

Conforme delegado da PF, a suspeita foi levantada após a prisão de um colombiano durante a Operação Guaporé 3171v

A Polícia Federal não descarta o envolvimento das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) com um laboratório de refino de cocaína descoberto no Parque Noel Kempff, na Bolívia, a 1,8 km da fronteira com o Brasil nesta terça-feira (1º).

Conforme o delegado de Combate ao Crime Organizado da PF, Jorge Gobira, a suspeita foi levantada após a prisão de um colombiano durante a Operação Guaporé, além de dois bolivianos e um brasileiro.

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Localização de laboratório de refino de cocaína encontrado na Bolívia. (Foto: PF-MT)

“As hipóteses de investigação ainda não foram totalmente confirmadas. Mas havendo a presença de um colombiano e considerando que a Bolívia não tem fronteira com a Colômbia, acreditamos que esse refino seja comandado ou gerenciado por alguém da Colômbia. E quando há alguém da Colômbia produzindo cocaína, não pode ser descartada a hipótese de envolvimento das FARC [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia]”, disse ele.

A capacidade do laboratório, localizado no meio da mata, era de refinar por volta de 2 toneladas de droga por semana. Ainda segundo Gobira, o local tinha uma “mega estrutura”, com aproximadamente 19 mil metros quadrados.

A droga seria distribuída a grandes centros do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro, e possivelmente à Europa.

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Uma das pistas de pouso de avião em refinaria de cocaína na Bolívia (Foto: PF-MT)

O delegado também disse que, devido à estrutura do laboratório de refino, a polícia acredita que há outros envolvidos com o crime, além dos quatro presos em flagrante no local.

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As ações fazem parte da Operação Guaporé, realizada em conjunto entre a polícia boliviana, a PF e o Gefron (Grupo Especial de Fronteira). Um colombiano, dois bolivianos e um brasileiro foram presos em flagrante e levados para a cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra.

Segundo a PF, essa era uma das maiores estruturas usadas para o refino de cocaína já desarticuladas na região. A refinaria tinha duas pistas de pouso de aviões – uma delas aparentava ter sido inaugurada recentemente. O o ao local era pelo Rio Guaporé e pelo Córrego do Espeto.

Na área foram encontrados, além de cocaína, material para o refino, um destilador, um gerador enterrado no subsolo, um depósito de combustível, redes, uma espécie de dormitório, televisão, geladeira fogão e um refeitório. Havia ainda um sistema de internet via satélite e radiocomunicadores.




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O Gefron e a PF em Cáceres estavam recebendo, havia dois anos, informações de que na região do Rio Guaporé, perto de Comodoro, haveria uma refinaria de cocaína, com pousos de pequenos aviões toda semana. Nesse período, foram feitas diversas apreensões de drogas nas proximidades.

Além disso, em julho de 2021, chamou a atenção das forças de segurança uma apreensão de grande quantidade de produtos para a fabricação de pasta base e cloridrato de cocaína.

Durante as investigações, percorrendo as margens do Rio Guaporé, os policiais descobriram uma estrada que levava até uma barranca do rio, o que levantou a suspeita de que aquela poderia ser uma rota para a refinaria em questão.

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Com isso, a PF acionou o adido policial brasileiro em La Pa e a Felnc (Força Especial de luta contra o Narcotráfico) da Bolívia foi enviada ao local na segunda-feira (28) para averiguar a situação. A refinaria foi encontrada e destruída pelos policiais.

Simultaneamente, equipes da PF e do Gefron se posicionaram na fronteira, às margens do rio Guaporé, enquanto o Ciopaer (Centro Integrado de Operações Aéreas) fazia o transporte dos policiais brasileiros, por se tratar de local de difícil o.

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A principal hipótese é de que a pasta base de cocaína fosse levada de avião até o laboratório, em grandes quantidades, e que ali fosse refinada até se transformar em cloridrato de cocaína, ou seja, cocaína em pó.

Depois de embalada, a droga era colocada em barcos ou caminhonetes, e chegava ao Brasil por meio do Rio Guaporé. Após essa etapa, era embarcada para caminhões em Comodoro.

Segundo a PF, as investigações da Operação Guaporé continuam para identificar os envolvidos no refino ou no transporte da droga ao Brasil, além das rotas utilizadas e o destino final da cocaína.

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