Operação contra plano de facção resulta em 8 ações judiciais em MS 4y4a4g
De advogados a detentos, os implicados foram separados núcleos para a fase de denúncia da Bloodworm 3r2555
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) decidiu compartimentar em oito denúncias o resultado das investigações da operação Bloodworm (larva vermelha, na tradução literal). A ofensiva levou 15 meses e redundou no cumprimento de 92 mandados de prisão, em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e mais quatro estados.

A fase de campo foi no dia 5 de maio, quando foram cumpridas as ordens judiciais contra suspeitos de colocar em prática um plano para expansão em solo sul-mato-grossense da facção criminosa surgida no Rio de Janeiro e que domina o cenário da bandidagem em Mato Grosso.
Como há investigados na cadeia, o prazo para apresentar as acusações à Justiça, de 10 dias, está vencendo.
A investigação jornalística do Primeira Página constatou que os implicados foram separados em oito núcleos para a fase de denúncia:
- 1- Advogados
- 2- Lideranças
- 3- Policial penal
- 5- Faccionados, divididos em cinco blocos.
- As acusações são de integrar organização criminosa, corrupção ativa e iva e ainda devem ser detalhados crimes conexos, como associação para o tráfico.
Plano de expansão 73u1
De acordo com o trabalho investigatório do Gaeco, a intenção dos cabeças da quadrilha formada dentro de presídios do Rio de Janeiro há cerca de 40 anos era rivalizar com a facção paulista que domina o crime em Mato Grosso do Sul. A guerra em preparação envolve a disputa pelo controle do mercado de venda de produtos ilegais na região de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, países fornecedores de drogas e armas.
Para executar a “missão”, advogados foram cooptados para fazer serviço de pombo-correio e até istração do caixa do bando. Cinco profissionais da área foram presos: quatro advogados e um estagiário.
Três policiais penais são suspeitos de facilitar a entrada de celular na prisão, mediante cobrança de propina. Um está atrás das grades.
Entre os faccionados, a maioria é de detentos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, além de pessoas atuando nas ruas com a tarefa de atrair “filiados” para a empreitada clandestina.
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No dia 5 de maio, a operação foi às ruas em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São paulo, Goiás e Distrito Federal. Das 92 ordens de prisão, a maioria envolveu que já estão encarceradas.
Um policial penal foi preso em Campo Grande, sob suspeita de cobrar 16 mil reais para entregar celulares a presidiários da penitenciária da Gameleira 2. Durante as ações, foram apreendidos dinheiro, armamento e computadores, que foram analisados para coleta de provas contra os envolvidos.
Depois da formalização da acusação, o juiz responsável decide se recebe a peça, transformando os envolvidos em réus. A partir desse momento, as defesas recebem prazo para manifestar-se.
Quanto aos advogados, eles serão alvo de processo istrativo na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O servidor preso já estava afastado do convívio com a massa carcerária e será alvo de sindicância, cuja consequência pode ser a demissão.