Operação "Codicia": vaga de juiz fica reservada para delegado afastado até o fim de investigação 6et

A defesa do delegado afastado Patrick Linares da Costa vai apresentar à 2ª Vara Criminal de Campo Grande pedido de revogação da medida cautelar que determinou o afastamento do policial do cargo, no âmbito da operação “Codicia”. A ação, deflagrada na segunda-feira (25), é de combate à corrupção entre agentes de segurança e resultou na suspensão da posse de Patrick como juiz substituto em Mato Grosso do Sul, que estava marcada para esta quarta-feira (27).

Segundo a apuração do Primeira Página, embora não tenha sido empossado, o delegado fica com a vaga garantida enquanto a investigação durar.

“É importante ser esclarecido que o delegado Patrick Linares da Costa é uma pessoa séria, honesta, honrada, e que jamais praticou qualquer conduta criminosa, no exercício da sua função, ou fora dela, sendo que o mesmo ira provar sua inocência no curso da investigação”, afirmou o advogado Benedicto de Figueiredo, que representa o policial.

Patrick Linares da Costa (Foto: Arquivo/TV Morena)
Patrick Linares da Costa, delegado de Polícia Civil afastado (Foto: Arquivo/TV Morena)

Patrick Linares da Costa seria empossado no cargo de juiz substituto no poder judiciário estadual junto com mais 13 aprovados em concurso no ano ado. Os outros aprovados tiveram a investidura no cargo confirmada.

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A decisão de não dar posse ao delegado foi do Conselho Superior da Magistratura, a partir de provocação do juiz responsável pela decisão autorizativa da operação “Codicia”, Olivar Coneglian. Os desembargadores entenderam que dar posse a algum investigado seria temerário, ainda que ele seja considerado inocente ao fim dos trabalhos. O entendimento é que, se representa perigo no cargo de delegado, o investigado também não poderia assumir uma função com poderes para ar sistemas sigilosos da justiça.

O que diz a defesa 255u23

O Primeira Página conversou com os advogados sobre as suspeitas apontadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Segundo, Diego Marcos Gonçalves, que também atua no caso, não há qualquer interceptação indicando participação do cliente em negociatas ilegais.

Os policiais presos são suspeitos de atuar em duas modalidades de corrupção, em grupos separados. Um cobrava resgate para devolução aos donos de veículos recuperados das mãos de criminosos. O outro grupo estaria desviando drogas de dentro da delegacia.

Contra o delegado, a investigação aponta a existência de indícios de recebimento de valores sem identificação, em depósitos diretos na conta. A mulher dele, que é servidora da Justiça estadual, também teria recebido depósitos sem identificação, em dinheiro, na conta bancária, gerando desconfianças.

Sobre isso, o advogado Diego Margos diz que não há qualquer ilegalidade. Segundo ele, o cliente recebeu dessa forma dinheiro referente ao trabalho de advogado e, também, por aulas ministradas.

A esposa, afirma, trabalhava com o comércio de produtos como roupas e sapatos no período de folga do serviço público.

De acordo com o defensor, neste momento o delegado vai se manter em silêncio, manifestando-se por meio da defesa constituída. Quanto à posse como juiz, Diego Marcos Gonçalves afirma que a prioridade é questionar a ordem de afastamento do cargo de delegado. Depois, pode ser impetrada alguma medida judicial objetivando garantir a posse, informou.


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