OAB pede afastamento de investigador após discussão com advogada 1i1vu
O caso aconteceu depois que o policial se negou a registrar um boletim de ocorrência de constrangimento; toda a confusão foi gravada pela própria defensora e por clientes dela 5f3l4f
A OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul) pediu, nesta segunda-feira (30), o afastamento do policial civil Alex Gomes Rosa – gravado tentando tirar o celular das mãos da advogada Luciany Ambrozina dos Reis dentro da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. O caso que ganhou repercussão nas redes sociais aconteceu no dia 27 de janeiro.

Desde sexta, a Comissão de Defesa e Assistência à Advocacia acompanha o caso e nesta segunda, entrou com pedido formal de afastamento do investigador das atividades na delegacia.
“É inissível o que aconteceu. A OAB/MS vai tomar todas as medidas legais, tanto no âmbito cível como criminal, para que situações como essas não voltem a ocorrer. Um ato de violência praticado contra uma advogada é um ato de violência contra toda a advocacia”, afirmou o presidente Bitto Pereira.
Segundo a polícia civil, o pedido de afastamento foi entregue ao delegado-geral e agora será enviado à Corregedoria-Geral da Polícia Civil para apuração. “Cabe ao Corregedor-geral a análise e deliberação pelo afastamento de policiais civis de suas funções”, reforçou em nota.
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Na tarde de sexta-feira (27) a advogada Luciany Ambrozina dos Reis, estava com duas clientes para registrar registar caso de constrangimento, porém o policial se recusou a fazer a fazer o boletim de ocorrência, justificando que o delegado não estava presente. Foi então que ela começou a gravar o policial.
Nas imagens, é possível ver o policial tentar tirar o celular das mãos da advogada. Depois disso, a profissional alega que foi derrubada pelo investigador. Em outro vídeo, gravado pelas clientes da defensora, Luciany Ambrozina aparece já no chão e bate-boca com Alex.
Pouco depois dos vídeos ganharem repercussão na internet, Alex deu a própria versão sobre o caso. Segundo ele, a ordem para não registrar boletins de ocorrência dessa natureza veio “de cima” e chegou a orientar a advogada a procurar a justiça cível, mas foi xingado de “macho escroto” e “vagabundo”. No depoimento, alegou ainda que deu voz de prisão a Luciany e só a conteve quando ela tentou sair da delegacia.
“Atuando há mais de 18 anos na carreira policial, profissão que tenho muito orgulho de exercer protegendo e servindo a sociedade, infelizmente, por vezes, nos deparamos com situações em que sofremos desrespeito sendo xingados, intimidados e até humilhados. Pessoas que se sentem superiores aos demais nos afrontam e constrangem com o famoso ‘carteiraço’ para impor sua vontade desrespeitando a lei querendo que as coisas sejam do jeito delas”.