OAB-MT acompanha investigação e pede câmeras em fardas de policiais e3i40
Caso veio à tona após um vídeo registrado por câmeras do circuito de segurança de uma casa no bairro Canelas, circular nas redes sociais na última sexta-feira (20) 73w5w
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Mato Grosso vai acompanhar as investigações sobre a conduta dos policiais militares envolvidos na confusão que terminou em agressão e tiros de bala de borracha em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
Segundo o presidente da comissão de direitos humanos da OAB-MT, Flávio José Ferreira, a denúncia foi formalizada para o procurador geral de Justiça, comandante da Polícia Militar e secretário de Segurança Pública. O caso está sendo investigado pela Corregedoria da PM.

O caso veio à tona após um vídeo registrado por câmeras do circuito de segurança de uma casa no bairro Canelas, circular nas redes sociais na última sexta-feira (20). A imagens mostram uma cena de pancadaria e gritos de crianças durante uma abordagem policial em frente a casa. (Veja vídeo abaixo)
Duas crianças presenciam a ação, que terminou com um tiro de bala de borracha e a prisão de um homem.
Após a exibição do caso pela imprensa, a PM informou que abriu procedimento istrativo no 4° Batalhão de Várzea Grande para apurar os fatos.
Para o presidente da comissão de direitos humanos da OAB-MT, a situação é fruto de policiais despreparados.
“É importante que a gente observe situações como essas que não são incomuns. Os bairros periféricos de estão sujeitos a esse tipo de situação, então uma das formas que temos de coibir isso é denunciando, porem o trabalho é mais profundo, é preciso que as academias de polícia, prepararem melhor os policiais”, destaca Flávio Ferreira.
O advogado defende ainda a instalação de câmeras de vigilância nas fardas policiais para inibir situações como essa e que as autoridades tomem decisões em desfavor de maus profissionais.
“Nós acreditamos em uma polícia séria, acreditamos em um sistema de segurança publica sério mas esse tipo de comportamento desses profissionais precisa ser revisto e a punição precisa acontecer”, reforça.
O caso 2w4a2h
De acordo com o vídeo, captado por volta das 21h da última quarta-feira (18), a viatura freou bruscamente após uma das crianças atravessar a rua. Os policiais desceram e, em seguida, a confusão começou.
Na gravação, é possível ouvir que as pessoas que estavam sentadas na porta da casa se incomodam com a presença dos policiais e pedem que eles saiam do local.
Conforme o relato dos militares no boletim de ocorrência, ao verem a criança de cerca de 4 anos atravessar repentinamente na frente da viatura, frearam bruscamente e logo viram que o grupo estava ingerindo bebida alcóolica e perguntaram pelos pais da criança.
A repórter Suelen Alencar, da Centro América FM, traz detalhes no áudio abaixo:
Um dos homens, segundo os policiais, começou a xingar a guarnição e, nesse momento é possível ver que várias pessoas se aglomeram ao redor dos policiais que começam a empurrar e bater com cacetete nos presentes. Um dos policiais dispara um tiro de bala de borracha.
Quatros policiais entram em luta corporal com os moradores e invadem a casa. Os moradores tentaram filmar com seus celulares, mas têm os aparelhos arrancados pelos policiais.
Os policiais contam no documento que foram atacados, xingados e intimidados pelos moradores com gravações de celulares. Os militares também narram que uma mulher teria “partido para cima dos policiais desferindo socos e pontapés”.
Dois veículos seguiram a viatura em direção à delegacia. Dois policiais tiveram lesões e relataram que os moradores presos disseram ser familiares de advogados.
O caso é acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB de Mato Grosso que emitiu ofício pedindo as medidas necessárias para apurar a conduta dos Polícias Militares envolvidos na ocorrência.