"Ninguém toma providência": moradores de condomínio onde criança morreu estão indignados 46164q
a alega que sofreu ameaças de alguns famílias 1u2pl
A morte de José Felipe, de apenas 3 anos, na manhã deste sábado (16) em uma área alagada próxima a um condomínio, na Avenida Thyrson de Almeida, no Jardim Aero Rancho, deixou muitos moradores indignados. A revolta é sobre a istração da síndica, já que as pessoas alegam que a mesma não deu apoio e amparo para a família da criança.

“A gente não tem porteiro, não tem uma situação de segurança. Os portões que dão o a esses lugares [área alagada] ficam abertos. A gente fica sem ter o amparo da síndica. Ela nunca está aqui (…) A gente fica sem ter o que fazer e desprotegido”, reclama Clemilda Vieira Dultra, de 34 anos.
A dona de casa, mãe de um menino com deficiência, acredita que a morte de José Felipe poderia acontecer a qualquer momento. “Isso que aconteceu com essa criança já estava previsto, já era uma coisa que ia acontecer. A gente já fez vários baixos assinados e ninguém toma providência. O portão ficava aberto, quando estraga, fica semanas sem arrumar. Daí as crianças têm o, ficam desprotegidas”, declara Clemilda.
Já segundo outra moradora do condomínio, Jenifer Rodrigues, a filha da vizinha morreu por conta da falta de ajuda da síndica.

“Minha amiga do bloco 12 perdeu a filha tem 2 meses, quando ela ou mal (…) o Samu não conseguiu entrar, porque os portões estavam estragados, e tentamos contato com a síndica, porque tem um [portão] na frente, que só ela tem o cadeado (…) Quando conseguiram abrir, a menina já estava morta dentro do quarto. Estamos indignados! Uma mãe perder o filho não é fácil. A síndica tinha que estar aqui para dar apoio e não apareceu. Todo mundo está indignado!”, revela.
O que diz a síndica 4ftn
A síndica do condomínio, que pediu para não ser identificada, lamenta a situação e alega que sempre tentava alertar os pais sobre as crianças.
“Não é de hoje que a gente vem tentando conscientizar os moradores da necessidade dos pais acompanharem as crianças e estipular horários. Já foi levado para assembleia, mas não concordaram”, explica.
Em relação ao portão da área de contenção, a síndica afirma que o mesmo vivia trancado, mas as crianças conseguiram sair por ele. “Está sempre com cadeado, mas como eu não estava no condomínio, não sei se alguém abriu. Várias vezes outras crianças já pularam a cerca para pegar bola e pipa”, relembra.
Ainda conforme a a, o condomínio é de baixa renda com mais de 2 mil moradores, e não consegue manter uma estrutura de segurança, já que possui uma taxa de inadimplência de 51%.
Na manhã deste sábado, dia em que encontraram José Felipe sem vida, recebeu ameaças dos moradores, alguns tentaram conter a situação, mas ela preferiu sair de lá.
Criança estava desaparecida 1b5a1w
O pequeno José Felipe estava desaparecido desde o fim da tarde de sexta-feira (15), após ser visto brincando com outras crianças nas proximidades do condomínio. O Corpo de Bombeiros já fazia buscas na cerca de 40m de onde o menino foi visto pela última vez.
De acordo com o delegado, Christian Duarte Mollinedo, da Depac-Cepol, a mãe do menino foi ouvida e, a princípio, inserida como suspeita do crime de homicídio culposo, devido a essa falta de cuidar do filho.
“Ela tem uma justificativa bem boa, porque ela tem outro filho especial que precisou dela no momento do banho, parece que chamou por ela, e aí ela acabou deixando a criança [que morreu)] sob cuidados de uma outra criança, na área de lazer, e somente no final do dia ela foi procurá-lo”, afirma o delegado.
Já em relação em condomínio, a síndica não estava no local. Contudo, o delegado a aguarda para prestar esclarecimentos.
“Ela pode ser ouvida e responder por algum crime em razão de ter deixado esse portão ível às crianças (…) qualquer criança poderia se afogar”, conclui.
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A equipe acabou encontrando o corpo da criança onde há uma espécie de contenção d’água. A profundidade no local seria de aproximadamente 1,5m.
Segundo apurado pela reportagem, como a mãe de José Felipe mora em um apartamento no térreo, ela havia deixado o menino brincando com outras crianças no parquinho do condomínio, de onde conseguia monitorar o filho.